'Cinema Novo', de Eryk Rocha, fala sobre movimento cinematográfico

O título assertivo, seco, quase sugerindo um manual, periga engambelar incautos. "Cinema Novo", documentário mais recente de Eryk Rocha, passa longe (ainda bem) da apresentação didática do movimento que anunciou a entrada do audiovisual brasileiro na modernidade.

Trata-se, antes de mais nada, de uma evocação afetiva do turbilhão que varreu a cena artística do país na virada dos anos 1950 para os 1960, levando as câmeras para as ruas (e para a mão, para retomar a fórmula de Glauber Rocha, pai de Eryk), para perto do povo, fosse na favela, fosse no sertão ou ainda nos subúrbios operários e vilas de pescadores.

Cena do documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha *** ****
Cena do documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha - Divulgação

"Cinema Novo", premiado em Cannes, encadeia cenas de filmes (não identificados por letreiro) de Glauber, Nelson Pereira dos Santos, Leon Hirszman, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade e Cacá Diegues, lá e cá cobertas por áudios de entrevistas daquele período.

A montagem, que prefere a sensorialidade à cronologia, busca restituir o ímpeto que movia uma confraria sincrética de diretores a liquidificar acenos a diferentes escolas para servir uma geleia geral sem unidade estilística clara, mas flagrantemente brasileira.

Sessões: Dias 31, às 20h40 (Espaço Itaú - Frei Caneca 2); e 2, às 20h20 (Cinesala) 
Ingressos: Segundas, terças, quartas e quintas: R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia)
Sextas, sábados e domingos: R$ 22 (inteira) R$ 11 (meia); vendas pelo site Ingresso.com com antecedência de um a três dias da sessão. No dia da sessão os ingressos estarão à venda somente nas salas de cinema.

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