Um dos criadores do movimento Dogma 95, o dinamarquês Thomas Vinterberg sofreu ao longo da década por não ter a veia marqueteira de Lars von Trier.
Acabou herdando o rótulo de "cinema cru e polêmico" que afastou muita gente de bons filmes como "Submarino" (2010).
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Mas "A Caça" coloca o diretor nos trilhos novamente. Seu melhor longa desde "Festa de Família" (1998) é um "thriller" esquisito sobre um professor que vê a sua vida abalada quando a filha de seu melhor amigo dá a entender que foi abusada por ele.
Mads Mikkelsen, ganhador do prêmio de melhor ator no último Festival de Cannes, entrega uma performance devastadora. A acusação é tão absurda que ele não toma atitudes. Quando percebe, sua vida naquela pequena cidade dinamarquesa já está arruinada.
Vinterberg constrói a trama com uma tensão palpável, mesmo usando cenas banais, como uma ida ao supermercado. O final, talvez um pouco nórdico demais para o sangue latino, pode incomodar. Mas você desceu muito ao inferno para se importar.
"A CAÇA" - SESSÕES
Dia 28
16h - Espaço Itaú Frei Caneca 5
Dia 30
19h - Espaço Itaú Frei Caneca 3
Dia 1º
18h - Espaço Itaú Augusta 3
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