Japonês tem filmes raros em exibição na 38ª Mostra de Cinema

Por vezes a Mostra apresenta pérolas escondidas em gavetas empoeiradas da história do cinema. Dois anos após a exibição de seis filmes de Minoru Shibuya, a 38ª edição exibirá três filmes de Noboru Nakamura, outro prolífico e desconhecido diretor japonês, que iniciou a carreira nos anos 1940 e morreu em 1981.

Nakamura foi discípulo de Yasujiro Shimazu, um dos mais importantes cineastas japoneses, embora também seja desconhecido no Brasil. Os três filmes foram produzidos pela Shochiku, uma das maiores produtoras do Japão.

"Lar Doce Lar" (1951) é um melodrama de classe média semelhante aos que Mikio Naruse dirigiu no pós-guerra. Na história, pai, mãe e quatro filhos são obrigados a abandonar a casa onde moram de aluguel. Algumas lágrimas serão derramadas pelo espectador mais aberto ao gênero.

"Quando a Chuva Cai" (1957) esbarra em algumas facilidades dramatúrgicas, mas não é desprovido de encantos. A trama envolve uma moça, Matsuko, que procura esconder de seu noivo o ramo de atividade de sua mãe, uma cortesã.

Finalizando, "Paixão Mórbida" (1964) revela um diretor mais sintonizado com o cinema moderno da Nuberu Bagu (nouvelle vague japonesa). Em scope (formato que preenche completamente a tela), vemos uma mulher que relembra o caminho que a levou à prostituição e à danação.

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