Vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes, o ucraniano "A Gangue" —que tem sua última sessão na 38ª Mostra nesta terça (28)— retrata a vida do jovem Sergey, um garoto surdo-mudo que começa a estudar em um internato especializado, mas que esconde uma rede de crimes entre seus alunos, que envolve venda de produtos contrabandeados, roubos e prostituição.
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Nesse novo ambiente, ele é ajudado por um dos membros da gangue e, automaticamente, se vê dentro daquele grupo, tendo que realizar pequenos crimes para que possa ter o que comer, onde dormir e para garantir sua segurança.
Dirigido pelo estreante em longas-metragens Miroslav Slaboshpitsky, o filme é totalmente interpretado em linguagem de sinais, sem qualquer narração ou legendas. A princípio, isso pode causar certo estranhamento, mas o diretor consegue conduzir bem a narrativa sem deixar que a trama fique confusa ou incompreensível por falta de uma linguagem que a complemente.
Toda essa atmosfera dramática proporciona uma crueza à história e combina com seu clima violento. O envolvimento de Sergey com o grupo, sua evolução dentro dele e a relação com uma das garotas exploradas, que namora um de seus líderes, trazem algumas das cenas mais fortes e brutais que serão vistas nesta Mostra.
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