Filmes LGBT da Mostra mostram que ser gay já foi menos complexo

O garoto se apaixona por outro garoto e eles lutam pelo amor. Esqueça roteiros simples como esse: os filmes com temática LGBT desta Mostra parecem partir do pressuposto de que ser gay é OK, e focam suas premissas em problemas mais complexos do que a homossexualidade em si.

O dominicano "Dólares de Areia", que fecha o festival nesta quarta-feira (29), é um apedrejamento moral: mexe em vespeiros de questão de gênero, de idade e de dominação (política e sexual), tudo a um só tempo.

Nele, Geraldine (a filha do) Chaplin é uma turista que passa parte do ano em Paris e os meses frios na República Dominicana. Entre um drinque e outro, se apaixona por uma jovem. A local faz da estrangeira um caixa eletrônico, enquanto ela mesma é achacada por um gigolô. Abundam cenas de sexo entre a setentona e a moça de 20 e poucos anos.


"Lua de Mel" não parece de primeira ser gay —nem "friendly". Mostra um penetra no casamento (hétero) de dois ricões e estabelece um clima de angústia que vai eclodir na temática homossexual.

No reino do surreal, "Jamie Marks Está Morto" vem com um título que não é 100% verdade: apesar de morto, Jamie volta para conversar com o capitão esportista do colégio, que o tratava ora com desprezo e ora com violência.

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