Um gorila gângster sem vocação para o crime. Uma porca cansada da vida de dona de casa. Um camundongo trapaceiro, mas irresistível. Uma elefanta adolescente presa às próprias inseguranças. Uma fêmea de porco-espinho rejeitada pelo namorado.
Em comum, essas criaturas carregam um incrível talento musical que dá forma e som ao longa "Sing - Quem Canta Seus Males Espanta".
A nova aposta da Illumination (produtora criadora de "Meu Malvado Favorito", 2010, e "Minions", 2015) também deve bombar nas bilheterias por aqui.
Não tem como dar errado. Animais cheios de personalidade, piadas capazes de agradar a adultos e crianças, efeitos visuais caprichados, uma certa carga dramática e, acima de tudo, uma trilha sonora turbinada por hits que farão o público se mexer nas poltronas.
A ideia é bem simples, porém, inédita: levar às telonas um reality show ao estilo de "American Idol", "The Voice" e afins, estrelado pelas mais variadas espécies de bichos, num contexto extremamente similar ao dos humanos tal qual ocorre em "Zootopia" (2016), dos estúdios Disney.
Embora não haja um protagonista, o responsável por amarrar o fio da meada é um coala apaixonado por seu falido teatro. Na tentativa de levantar o estabelecimento, Buster Moon decide promover uma competição musical entre os animais.
Nas audições, criaturas se espremem na fila em busca dos cinco minutos de fama. Diante de vozes afinadas e de inúmeros desastres, Moon e sua fiel secretária se esforçam para selecionar os melhores.
A partir daí, o filme funciona como se uma playlist eclética entrasse no modo aleatório: Katy Perry, Usher, Gipsy Kings, Sam Smith, Frank Sinatra, Lady Gaga, Seal, Limp Bizkit, Leonard Cohen e até Tom Jobim com Garota de Ipanema.
A narrativa, então, perde força e vira um elemento secundário da animação. Mas isso não compromete. Mais do que contar uma história, "Sing" faz um convite ao público para mergulhar numa divertida catarse musical.
Avaliação: bom
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