Crítica: Espetáculo sobre poluição das águas consegue divertir e ensinar

A peça "A História do Incrível Peixe-Orelha", em cartaz na Aliança Francesa (centro de São Paulo), acerta na forma de construir um musical no fundo do mar, com os esquetes tradicionais do gênero dramático, para contar a história de amizade entre animais marinhos.

O protagonista é testemunha da paulatina sujeira dos oceanos, provocada pelos seres humanos, e decide reunir todas as espécies para a defesa das águas. Fabiano Augusto faz o papel do Peixe-Orelha, e seu desempenho cresce do meio para o fim da peça.

Apesar de ter cunho pedagógico, o espetáculo diverte tanto quanto ensina, porque dá tratamento lúdico e cômico aos ensinamentos ecológicos --de combate ao lixo marítimo e em favor da economia de água potável.

Crédito: Divulgação O Peixe-Orelha conta a história de como sobreviveu à poluição dos rios e oceanos

Todos os personagens apresentam canções feitas com esmero e criatividade. As rimas divertidas comentam as características dos bichos, como o Boto (Augusto) e a Água-viva (Mariana Elisabetsky).

Impossível não rir com a personalidade bélica do peixe-espada, interpretado pela atriz Luciana Ramanzini, ou com o filhote de baleia (Demian Pinto), adotado por uma tartaruga (Alessandra Vertamatti).

Somam-se às qualidades dos atores a adaptação de Paulo Rogério Lopes para o livro homônimo, de Edson Natale, e a direção de Kleber Montanheiro.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.

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