Crítica: peça "A Menina e o Vento" exige esforço para ser compreendida

"A Menina e o Vento", adaptação do clássico de Maria Clara Machado (1921-2001) publicado na década de 1960, atrai porque o enredo promete uma aventura daquelas de que não se podem pular peripécias. Do contrário, o espectador perde o fio da meada.

O espetáculo está em cartaz no teatro Cacilda Becker (zona oeste de São Paulo) até este domingo (10). Os ingressos custam R$ 10.

Na trama, Maria some da vista das tias, que cuidam dela e do irmão, e vai passear na cacunda do vento. A polícia sai em busca da garota com receio de ela ter sido sequestrada pelo bandido Ventania.

Crédito: Ezyê Moleda/Divulgação Cena da peça "A Menina e o Vento", criação da República Ativa de Teatro, em cartaz no teatro Cacilda Becker

A graça da peça está nas ironias que a companhia República Ativa de Teatro mantém da comédia original. Em especial, nas cenas de perseguição policial -o ponto forte do espetáculo.

A imaginação vista da perspectiva do vento, entretanto, deixa a desejar para quem tem menos de sete anos porque as associações são difíceis de decodificar, o que atrapalha a atenção na sequência de acontecimentos.

Por exemplo, as expectativas dos personagens infantis e das tias solteironas em conquistar uma vida livre são representadas com música inst rumental e coreografias.

A peça exige que o público tenha percepção apurada para reconhecer suas emoções ou a bravura do vento por meio da trilha musical, mas em muitos momentos isso não acontece.

Avaliação: regular.
Indicação do "Guia": a partir de 6 anos.

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