Crítica: Peça infantil sobre o mundo do rádio garante diversão

A multiplicidade de procedimentos de O Fantasma do Som resulta num conjunto de situações cômicas de primeira linha. A montagem chega ao Sesc Pompeia (zona oeste de São Paulo) no sábado (6) e fica em cartaz por lá até o dia 28/4.

O fio narrativo é a construção da radionovela "Chapeuzinho Vermelho", no tempo em que não havia televisão no Brasil.

A fantástica musa do rádio, Suzete Rupião, interpretada por Claudia Missura, insiste com os donos da emissora que, aos 60 anos, consegue imitar voz de crianças e, por isso, merece o papel principal na história, criada em homenagem à filha morta do casal proprietário.

Crédito: Divulgação Cena de "O Fantasma do Som", espetáculo da Banda Mirim que se passa em uma antiga rádio com problemas financeiros

Contudo, Suzete perde o posto para uma jovem estreante que imita Carmen Miranda (Nô Stopa), mas mantém seu senso de humor e leva o elenco à loucura.
A alma penada da filha aparece para iluminar o estúdio cuja luz havia sido cortada por falta de pagamento. O porteiro Abdias vira cantor no meio da balbúrdia
dos ensaios.

O cenário é a caixa de ferramentas de onde saem os instrumentos sonoros, que são misturados a trocadilhos poéticos, piadas e aos efeitos especiais do rádio nos primórdios.

O elenco de 11 artistas, da premiada Banda Mirim, mostra sons de toc-toc à porta, grito do penhasco, dedo na tomada e lobo engolindo vovó e netinha.

Avaliação: ótimo.
Indicação do "Guia": a partir de 6 anos.

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