Crítica: 'Festa', da Banda Mirim, une teatro, música e circo

O espetáculo "Festa" foi criado em 2014 para celebrar os dez anos da premiada Banda Mirim, mas funciona como uma divertida história mesmo para quem não conhece o grupo. A peça está em cartaz no Sesc Santana (zona norte de São Paulo), e os ingressos custam de R$ 5 a R$ 17.

A dramaturgia da companhia encanta porque funde o imaginário e o cancioneiro brasileiros em tramas contemporâneas ou encenações que retratam o interior do país com o humor do circo e música ao vivo. É assinada pelo também diretor do grupo, Marcelo Romagnoli.

"Festa" mostra a trajetória de Margarida, representada pela interação com os personagens que aparecem em sua festa de aniversário.


A forma de tratar o tempo na peça é sincrética -os planos temporais se justapõem, e a trilha sonora ajuda o espectador a distingui-los.

O trabalho de Cláudia Missura se destaca. A atriz interpreta a protagonista em peripécias sem diálogos ou falas. Ela canta bem e emociona o público ao rememorar a infância, juventude, nascimento do filho e velhice da personagem.

São engraçadas as passagens de Missura na escola com os colegas, em especial, com a amiga que usa tampão em um dos óculos para curar estrabismo, interpretada com leveza por Tata Fernandes (que faz ainda a direção musical de "Festa"). Vale conferir.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 6 anos.

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