Crítica: peça infantil 'Carmencita' revisita ópera de Georges Bizet

Depois de anos de parceria com Sérgio Serrano, a atriz Cris Miguel estreia o espetáculo solo "Carmencita", que realça seu traquejo em interagir com a plateia infantil, marca forte também da cia. Ópera na Mala. A montagem está em cartaz no Sesc Pinheiros (zona oeste de São Paulo) até 12/4. Os ingressos custam de R$ 5 a R$ 17.

Na peça dirigida por Danilo Tomic, a atriz-palhaça é Carmen, "mezzo soprano, mezzo goiabada". Tira de sua pequena mala uma infinidade de apetrechos para contar a história livremente inspirada na ópera de Georges Bizet, "Carmen".


Ao manipular bonecos que fazem as vezes dos personagens batizados como a cigana sedutora Carmencita, o soldado Don Josecito, o toureador Escamilito e a enamorada Micaelita, Cris Miguel brinca com os elementos trágicos da ópera, que "tem morte e tudo", avisa à plateia. Palhaça desobediente, busca um final feliz.

A artista transforma erro em cena em ponto positivo. Mas, se a peça esbanja a sagacidade de uma palhaça experiente, carece de uma linha dramatúrgica mais afinada. As trapalhadas em série, aliadas aos cacos, por vezes embaraçam a própria condução da narrativa.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 4 anos.

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