O espetáculo, com texto e direção de Ricardo Ripa, é inspirado no romance do francês Victor Hugo e apresenta enredo bem tramado, com canções de letras narrativas que expandem a explicação da história, contada também em libras.
De tanto tocar os sinos da catedral, o Corcunda Quaquá ficou surdo. Ele conversa com os outros personagens em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Ao incorporá-la nos diálogos, a peça estimula a compreensão da diversidade.
Na festa de Reis, Quaquá se apaixona por Esmeralda, objeto de disputa por seu padrasto, Rollo, e pelo soldado Sol. A missão do herói é salvar essa cigana (Dani Nega) de voz afinada
e bela coreografia.
O elenco inteiro dá um show de interpretação. Joca Andreazza transmite simpatia e habilidade no papel de Quaquá. O ator só se movimenta em pernas de pau feitas de molas, o que exige o exercício permanente do equilíbrio.
O cruel Rollo (Carlos Baldim) tem empatia com a plateia, mas recebe protestos quando pergunta ao público se não é "o melhor da pecinha". Carmo Murano, como o sino Belém —amigo imaginário de Quaquá—, acerta nos trejeitos e piadas, como na sua feliz atuação em "Totalmente Pastelão" (2012).
Avaliação: muito bom
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos
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