Crítica: 'Cinderela Lá Lá Lá' transforma conto clássico em comédia musical

A menina do borralho já cansou de esperar o príncipe encantado, a madrasta é uma consumista viciada em shopping e suas filhas têm a ambição de conquistar a fama como atrizes de musicais em "Cinderela Lá Lá Lá", nova peça da Cia. Le Plat du Jour.

Assim como as animações contemporâneas já não fazem mais princesas como antigamente, a dupla de diretoras Alexandra Golik e Carla Candiotto atualiza os elementos dos contos de fadas numa comédia musical que tem boas tiradas de humor e momentos mais dramáticos, tudo bem embalado por 12 canções.


Numa montagem em que a comicidade está mais diluída, o versátil elenco (Bebel Ribeiro, Helena Cerello e Paula Flaibann) que se reveza nos papéis da história já não carrega tanto as marcas tão características das diretoras, atrizes de presença cênica memorável.

Na cenografia de Marco Lima, um ateliê de costura ambienta a história de Cinderela, que não tem a casa para cuidar, mas muitas costuras por fazer.

Já o sofisticado figurino, também de Lima, passeia por diferentes referências do mundo da moda. As filhas da madrasta não trajam caricaturas da feiura, estão elegantíssimas num pretinho (nada) básico.

Avaliação: muito bom.
Indicação do "Guia": a partir de 4 anos.

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