Crítica: Em adaptação de ópera, caixas se transformam em montanhas

"Navio Fantasma - O Holandês Voador" se dirige ao público infantojuvenil que gosta de teatro com muitas peripécias e temas sobrenaturais. Os atores estão com figurino branco, a luz provoca atmosfera fantasmagórica e o cenário, sob nevoeiro, transforma escadas e caixas de madeira em mar e montanhas. O navio fantasma vive um périplo sem fim.

O espetáculo é a segunda adaptação de ópera de Richard Wagner (1813-83) que Paulo Rogério Lopes e Kleber Montanheiro realizam com Deborah Corrêa e Elder Fraga. A primeira foi "Crônicas de Cavaleiros e Dragões - O Tesouro dos Nibelungos" (2013).

Crédito: Gustavo Haddad/Divulgação "Navio Fantasma - O Holândes Voador" Gustavo Haddad/Divulgação
Atores de 'Navio Fantasma - O Holândes Voador', em cartaz até 27/9 no teatro João Caetano

No enredo, um caçador apaixona-se por uma donzela, mas o pai dela impede o casamento. Há outro problema: a moça espera a vinda de um navegador que mudará sua vida.

Para entender a trama, é preciso prestar atenção ao mito: um marinheiro navega pelo mundo e se vê aprisionado entre rochas. Vaga então pela terra até encontrar Vênus, que se apaixona por ele.

Vulcano, casado com a deusa, castiga o náufrago com a morte, mas lhe dá o direito de andar em solo uma vez por ano e procurar o amor. Quem será o capitão do navio fantasma?

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 12 anos.

Teatro João Caetano - r. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, região sul, tel. 5573-3774. 438 lugares. Qua.: 15h e 20h. Sáb. e dom.: 16h. Até 27/9. Ingr.: R$ 10 (qua.: grátis).

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