Crítica: Sustos seguidos de risos pautam espetáculo 'terrir' competente

Sentir um medinho e depois dar risadas de alívio são as diversões das crianças durante o espetáculo "O Trem Fantasma", da companhia Polichinelo de Teatro de Bonecos.

O trem fantasma é a nova atração do parque de diversões. Mas, para começar a funcionar, precisa contratar novos funcionários -monstros saídos das histórias da cultura oral ou da literatura, representados por bonecos de fio com direção de arte esmerada.


Os candidatos à vaga, no entanto, têm que enfrentar os truques de um garoto que prega peças nesses seres do além. Essa inversão de papéis, em que o humano pode ser ainda mais assustador, adiciona uma camada de humor e ainda provoca uma reflexão na plateia.

Há uma sucessão de entrada de monstrengos, que contam com alguns efeitos simples para sumirem de cena. Nesse entre e saí de criaturas de "terrir", a dramaturgia não extrapola a apresentação dos personagens, carecendo de um maior desenrolar de tramas internas.

Márcio Pontes -e seus diversos bonecos de fio -está sozinho no palco. Ele conduz a narrativa e manipula as criaturinhas assustadoras. O ator-manipulador, também diretor da peça, é ágil e dialoga bem com a plateia, mas parece precisar de algum apoio nos momentos em que o espetáculo perde o ritmo.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.

Sesc Ipiranga - r. Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel. 3340-2000. 200 lugares. Dom.: 11h. Até 28/2. Ingr.: R$ 6 a R$ 20.

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