Em espetáculo, Chapeuzinho Vermelho afasta-se do estereótipo de ingênua

A comédia musical sem palavras "Chapeuzinho Vermelho", dirigida por Eduardo Leão, é uma grande brincadeira em forma de teatro.

Manuela Figueiredo constrói uma Chapeuzinho Vermelho marota, que joga Capitão de Areia (Cinco-marias) e se diverte com um Lobo Mau ilusionista e um Lenhador simpático, afastando-se do estereótipo de menina ingênua.


O espetáculo se vale do teatro físico, com movimentos de corpo marcados e repetidos ritmadamente, que são recursos para contar a história que, nessa peça, parecem de desenho animado ou de quadrinhos -a trilha sonora, de André Abujamra, contribui para a animação, sugerindo emoções diversas.

A direção explora também outras técnicas, de mímica, dramáticas, de manipulação de bonecos e circenses, apropriadas ao conto de fadas na adaptação dos irmãos Grimm. Seu tom cômico suaviza a representação do vilão.
A cena final tem recursos metalinguísticos, e está bem engraçada. Você nem imagina o que sai da barriga do lobo.

Em determinados momentos do espetáculo o enredo se perde, e algumas brincadeiras ficam esvaziadas de sentido, como a da dança dos personagens do século 19, ao som de "Cantando na Chuva".

Avaliação: bom.

Indicação do "Guia": a partir de 4 anos.

Teatro Folha - Shopping Pátio Higienópolis - av. Higienópolis, 618, terraço, Consolação, tel. 3823-2323. 305 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 26/6. Ingr.: R$ 25. Valet (R$ 14 p/ 2 h). Ingr. p/ 4003-2330 ou ingresso.com.

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