Crítica: Diálogos vagos e trama solta prejudicam peça 'Moinhos e Carrosséis'

O que funciona melhor na remontagem de "Moinhos e Carrosséis", de 1989, com texto de José Geraldo Rocha e direção de Debora Dubois, é a sensação de giros e voltas, na coreografia e na trama, que o espetáculo provoca no espectador.

Do Grupo Pasárgada, Rocha é coautor da clássica "Panos e Lendas" em parceria com Vladimir Capella (1951-2015), montagem que recebeu várias premiações em 1978.

Logo de início o público está diante de uma fila em círculo de pessoas que visitam um museu no tempo futuro. O cenário é metálico, o figurino tem cortes rígidos como os de uniformes militares. A concepção de ambos é de Claudio Cretti e Valnice Vieira Bolla.

Espetáculo 'Moinhos e Carrosséis'
Cena da peça 'Moinhos e Carrosséis' - Heloísa Bortz/Divulgação

O sensível design de luz (Luiz Alex) e a trilha sonora (Rocha e Gustavo Kurlat) reforçam o ar futurista, que promete suspense.

Mas a fila dessa gente robotizada caminha até dois personagens saírem dela sem que entendamos bem o porquê. Esse é o problema do espetáculo.

Mesmo o elenco dando o melhor de si, tal início eficiente da encenação não combina com o desenvolvimento da trama. Não é possível compreender os diálogos, que são vagos, e não há conclusões.

Avaliação: regular
Indicação da crítica: a partir de 7 anos

Teatro João Caetano - R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, região sul, tel. 5573-3774. Sáb. e dom.: 16h. Até 11/12. 60 min. Ingresso: R$ 10
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