Festival de dança leva companhias estrangeiras a SP; veja vídeos

A partir de terça (29), data em que se celebra o Dia Internacional da Dança, o Auditório Ibirapuera, em São Paulo, recebe o segundo Festival O Boticário na Dança.

São quatro companhias estrangeiras e uma brasileira que se apresentam até o dia 4 de maio. Os ingressos custam R$ 20 e estão à venda pelo telefone (11) 4003-2330 ou pelo site da Ingresso.com. No último dia, porém, haverá uma sessão gratuita.


A exemplo da edição passada, a programação lista grupos contemporâneos de estilos diversos, do britânico Akram Khan, que mescla influências indianas, modernas e contemporâneas, à canadense Louise Lecavalier, com seus movimentos dinâmicos.

"Nós procuramos o que há de representativo no cenário mundial da dança", diz Sheyla Costa, que divide a curadoria do evento com Dieter Jaenicke.

Com grandes atrações, o festival reforça o calendário de dança do primeiro semestre –em geral, as grandes atrações se concentram na segunda metade do ano, quando ocorre a tradicional Temporada de Dança do Teatro Alfa.


Confira um pouco sobre as companhias que passam por São Paulo:

AKRAM KHAN COMPANY

A companhia britânica foi fundada em 2000 pelo coreógrafo Akram Khan e pelo produtor Farooq Chaudhry. Em sua linguagem, Khan mistura influências do "kathak" (dança tradicional indiana) com as danças modernas e contemporâneas.

O grupo apresenta o espetáculo "iTMOi", um mergulho nos pensamentos do compositor russo Igor Stravinski –o nome da montagem é uma sigla para a expressão "in the mind of Igor" (na mente de Igor).

Ter. (29), às 21h

Assista e um trecho de "iTIMOi":



LOUISE LECAVALIER

Egressa do grupo La La La Human Steps, a franco-canadense Louise Lecavalier é uma das bailarinas mais premiadas da atualidade. Em sua dança, ela apresenta movimentos raros, dinâmicos e que lembram gestos cotidianos.

Ela entra em cena ao lado de Frédéric Tavernini para mostrar "So Blue". Com cenário limpo e batidas fortes da trilha sonora de Dede Mercan, a dupla explora os limites do corpo, mesclando sequências rápidas e lentas.

Qua. (30), às 21h

Assista e um trecho de "So Blue":



TAO DANCE THEATER

Apesar de sua origem chinesa (foi criada em Pequim em 2008), a companhia não se classifica como oriental ou ocidental. Tem uma linguagem própria, fincada na dança contemporânea.

O grupo do coreógrafo Tao Ye traz um programa duplo, com coreografias opostas. Em "4", os bailarinos nunca se tocam, mas se movimentam juntos. É uma individualidade que anda em conjunto.

Assista e um trecho de "4":


Já em "5", o toque é contínuo, porém os passos de cada intérprete são distintos. O conjunto, então, busca a individualidade. As trilhas sonoras são do compositor de indie rock chinês Xiao He.

Qui. (1º/5), às 21h

Assista e um trecho de "5":



FOCUS CIA. DE DANÇA

Única entre as brasileiras a se apresentar aqui, a companhia carioca é encabeçada pelo coreógrafo Alex Neoral –que já fez criações para escolas de samba como Vila Isabel e Imperatriz Leopoldinense. Em seus espetáculos, traz movimentos precisos.

A coreografia "Ímpar" se divide em nove cenas narrativas, encenadas de forma não cronológica. Cria-se, então, um quebra-cabeça que joga com a memória do espectador.

Sex. (2/5), às 21h

Assista e um trecho de "Ímpar":



BATSHEVA ENSEMBLE

A trupe israelense já teve a bailarina norte-americana Martha Graham como sua primeira conselheira artística.

Hoje, o grupo é dirigido pelo coreógrafo Ohad Naharin, que introduziu ali uma linguagem bastante expressiva, a da dança gaga –a técnica inventada por Naharin enfatiza a percepção e as possibilidades de movimento.

No palco, o conjunto encena "Deca Dance", uma recriação dos últimos dez anos de repertório da companhia.

No dia 4/5, às 18h, a Batsheva Ensemble faz uma apresentação gratuita no lado externo do Auditório Ibirapuera. É só chegar e se acomodar no gramado do parque

Sáb. (3/5), às 21h. Dom. (4/5), às 18h

Assista e um trecho de "Deca Dance":


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