Museus maçônico, do relógio e dos óculos são opções para curiosos

São Paulo possui uma rota museológica grande. De acordo com o Cadastro Nacional de Museus do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), há mais de cem acervos espalhados pela cidade. Confira opções de museus interessantes para quem é curioso:


Museu Maçônico
Louças, candelabros e espadas revelam a história da maçonaria no país

Não se assuste se o recepcionista do suntuoso prédio perguntar a qual loja maçônica você pertence. Foi na visita do "Guia" ao local que até ele descobriu que o Museu Maçônico José Bonifácio, criado em 1955, é aberto ao público -e não só a maçons e seus familiares. Mas não titubeie: vá sem temor ao terceiro andar do edifício onde está a ampla sala com o acervo. Há objetos simbólicos para os conhecedores e interessados pelo assunto -como louças, candelabros, estandartes e espadas. Há também manequins trajando roupas usadas nos encontros do grupo. O espaço reúne ainda moedas de países como Cuba, Finlândia e Aruba, selos, medalhas e bonés comemorativos. Aproveite o passeio e conheça o Museu Histórico da Imigração Japonesa, que também fica na Liberdade.
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Museu dos Óculos
Uma peça do século 18 e outras usadas por celebridades compõem o acervo

O segundo andar de um antigo casarão
dos anos 1920 (uma ótica fica no primeiro)hospeda a instituição, fundada em 1996. Lá, está em exposição a coleção pessoal do esteta ótico Miguel Giannini. São documentos, imagens, livros e aparelhos médicos antigos.
O destaque, obviamente, fica por conta dos cerca de 300 óculos -como uma peça chinesa original do século 18 e a réplica de peças de madeira do século 13, encontradas na Alemanha. O forte do acervo é a variedade de modelos das décadas mais recentes, principalmente dos anos 1960 e 1970. Exemplares usados por celebridades como Elis Regina, Hebe Camargo, José Wilker e Boris Casoy completam a seleção.
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Museu da Polícia Civil
Com imagens fortes e itens de crimes bárbaros, espaço pede sangue frio

Conhecido como Museu do Crime, reúne 3.000 objetos que remontam a história da polícia civil em São Paulo. Há itens como um manipulador de código morse e drogas ilícitas -cocaína, heroína, crack-, com painéis explicativos sobre sua origem e atuação no organismo. À frente é que se encontra a parte mais macabra do acervo, e que justifica a idade mínima de 15 anos para ingressar: é possível acompanhar histórias de criminosos famosos como o Maníaco do Parque e o Bandido da Luz Vermelha (e as fotos de suas vítimas -é bom ter estômago). Outra "atração" é a reprodução do Crime da Mala: o assassinato ocorreu em 1928, quando o italiano Giuseppe Pistone matou sua mulher, Maria Fea -e ocultou o corpo em uma mala.
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Museu Penitenciário Paulista
Local guarda facões, máquinas de tatuagem e mais itens proibidos

Quem se interessou pelo Museu da Polícia Civil pode colocar mais este no roteiro. Localizado num lugar emblemático, tem acervo exposto no terreno do extinto complexo do Carandiru, na região norte. É possível conferir objetos e desenhos feitos pelos detentos nas oficinas realizadas dentro da penitenciária e outros itens criados no confinamento -como cachimbos que eram utilizados para o consumo de drogas, e que ganharam forma de sapos, violas e palhaços. Entre os cerca de 21 mil itens, há mais criações proibidas dos presidiários: máquinas para fazer tatuagens caseiras, simulacros de armas de fogo, facões e até as solas de sapatos usadas para esconder drogas e aparelhos celulares.
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Museu do Relógio
Um relógio que faz café e outro que pertenceu à mulher de dom Pedro 1° estão na coleção

Ao entrar no museu -que fica dentro do prédio da Dimep, empresa fabricante de relógios de ponto-, é possível ouvir o tic-tac quase sincronizado de cerca de 700 peças. O espaço não é muito grande, mas a variedade de modelos prende a atenção. Os relógios são antigos, e todos funcionam: para integrar o rico acervo, cada item passa por um processo de restauração. O Museu do Relógio foi criado pelo fundador da empresa, Dimas de Melo Pimenta, em 1975. Desde então, a coleção se estendeu para além das peças particulares e tem centenas de modelos, dos quais muitos foram doados. Entre os exemplares, há um de ouro, pérolas e brilhantes, datado da segunda metade do século 19, que pertenceu à segunda imperatriz brasileira, Amélia de Leuchtemberg -esposa de dom Pedro 1°. Outro item curioso é um despertador que faz café. Relógios de bolso, de ponto e de vela também compõem a seleção. Duas dicas são importantes: agende a visita, pois, desta forma, ela será guiada por um historiador. E, se puder, aguarde dar hora cheia para escutar os sinos batendo: é encantador.
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