Crítica: Restaurante Tsuru aposta em variedade, mas alterna acertos e erros

É difícil abrirem restaurantes japoneses em São Paulo: a cidade atingiu um nível de qualidade nessa especialidade -e são tantas as casas já estabelecidas- que é preciso ser muito competente para conseguir um lugar ao sol.

O Tsuru tenta abrir espaço por todo lado. Define-se como "temakeria, sushi-bar e grill gourmet". O lugar é grande e meio sombrio, tem balcão, muitas janelas, e mesas e poltronas confortáveis.

Crédito: Divulgação Sushis de ovas e gema, do Tsuru
Sushis de ovas e gema, do Tsuru

Para comer, tem um pouco de tudo, mas evita o bizarro dos sushis com frutas, queijos e doces -ganha pontos aí.

Nos crus, tenta se compor com as casas mais modernas, com uma boa variedade de ingredientes -nem todos disponíveis-, do toro de atum às vieiras, do uni à barriga de olho-de-boi.

E, como nas casas mais modernas, os ingredientes -nas mãos dos sushimen Tokio Daikuzono e Andy Higaé- são preparados na base do maçarico, do foie gras, da flor de sal.

É mais do mesmo: carpaccio de salmão selado (com azeite, molho ponzu, alho e flor de sal) ou de barriga de salmão "trufada" (ou seja, com o pretenso azeite com trufas) com raspas de limão-siciliano e flor de sal; sushi de vieira com limão-siciliano, wasabi e flor de sal; sushi de atum com foie gras, molho tarê, wasabi e flor de sal; temaki de polvo "trufado" e flor de sal.

Como a casa também é temakeria, há variada oferta de temakis. Como também é "grill gourmet", prepara espetinhos (robata), alguns interessantes. Como serve de tudo (hábito comum no Brasil), também faz teppan (o de anchova, passado demais). Não há seção de massas.

O Tsuru está acima dos rodízios, só não consegue se destacar entre os japoneses de maior ambição.

Avaliação: regular

Al. Jauaperi, 484, Moema, tel. 5051-4966. 90 lugares. Seg. a sáb.: 18h às 24h. CC: M e V. Reserva (seg. a sáb., a partir das 16h).

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