'Agora posso ser feliz com minha música', diz ex-cantora do Nightwish

Ex-vocalista do Nightwish, Tarja Turunen volta ao Brasil neste sábado (13), no HSBC Brasil (zona sul de São Paulo). Os ingressos custam entre R$ 90 e R$ 130 e estão à venda pelo site do Ingresso Rápido. A abertura do evento ficará a cargo da banda brasileira Mad Old Lady.


Desde que foi demitida do Nightwish, em 2005, a cantora Tarja Turunen, 37, volta sempre que possível ao país. "Meu público no Brasil tem sido muito favorável para mim", disse Tarja em entrevista ao "Guia". "Também gosto da comida brasileira e do clima".

A finlandesa apresentará temas de "Colours in the Dark", seu quarto disco solo, de 2013. Como habitual no heavy metal sinfônico, predominam hits rápidos e pesados, com arranjos orquestrais e um virtuosismo barroco. "Vou tocar muitas músicas novas, o palco terá bastantes cores em referência ao disco", explica Tarja. Entre as músicas, um dos destaques é "Darkness", versão da composição de Peter Gabriel (ex-Genesis).

HSBC Brasil - Rua Braganca Paulista, 1281, zona sul, São Paulo, SP. Sáb. (13): 22h. Ingr.: entre R$ 120 e R$ 260 pelo site do Ingresso Rápido.

ABAIXO, LEIA A ENTREVISTA

"Guia": Como é ser mãe e estar constantemente em turnê?
Tarja Turunen: Estou feliz de estar junto com minha família em todos os lugares. Até agora, tem sido incrível ser capaz de fazer o que eu estava acostumado a fazer antes do nascimento de nossa filha. Parece mais difícil do que realmente é, mesmo que às vezes a vida em turnê fique muito estressante. Mas a coisa boa é que nossa filha aceitou totalmente o fato de constantes viagens.

Qual é o impacto de "Colours in the Dark" em todo o mundo?
Eu recebi realmente ótimas críticas do meu último álbum em todo o mundo. Ao que parece, o meu público gostou mais do meu mais recente trabalho.

Quem te inspirou para se tornar uma cantora? E como você começou a se envolver com a música?
Sempre tive uma família muito musical, embora meus pais não sejam músicos. Eles me levaram ao teatro muitas vezes quando eu era jovem e eu adorava ver o que estava acontecendo por trás do palco. Quando eu era pequena, cantei em todos os lugares, o tempo todo. A cidade em que nasci todo mundo me conhecia como "A menina que canta". Meus pais sempre me apoiaram em música e então comecei a estudar com 6 anos. Eu tenho um irmão mais velho que tocava bateria em casa e ele me mostrou o que é rock'n roll, mas o amor pelo canto clássico veio mesmo aos 15 anos.

A cena do rock e metal na Escandinávia é muito forte, especialmente na Finlândia. Sempre foi assim por lá?
Nem sempre. Acho que as primeiras bandas que tiveram algum sucesso internacional no final dos anos 90 abriram a porta para os outros. O legal é que as rádios tocam metal por todo o país o tempo todo.

Quais são as razões para que isso aconteça?
Talvez tenha algo a ver com os nossos invernos longos, frios e escuros. É mais fácil falar através da música do que em palavras para nós.

Como você compararia sua carreira solo com o Nightwish?
Os dois mundos são bem diferentes. A música pode ter a mesma essência, mas a diferença é que não estou fazendo Metal somente. Nightwish é uma banda de heavy metal, mas estou tendo uma carreira solo com muito mais amplo aspecto musical. Minhas músicas, às vezes, não têm nada a ver com o metal. Eu não tenho uma banda, mas eu estou trabalhando com os músicos. Eu estou carregando todos os riscos por conta própria e também de tomar todas as decisões. Para mim, pessoalmente, a maior diferença é que agora eu posso ser feliz, com minha própria música.

Você já está trabalhando em um novo álbum?
Sim, estou. Nós já gravamos todas as baterias e guitarras para o álbum. Eu ainda preciso trabalhar algumas letras para as músicas, mas eu acredito que tudo já esteja mais ou menos pronto. Depois dessa turnê, espero arrumar um tempo para arrumar tudo e gravar um novo álbum.

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