Festival de cultura nórdica ganha edição nacional no Sesc Pompeia

Organizado anualmente na Espanha desde 2010, o festival Diasnórdicøs ganha sua primeira edição brasuca no Sesc Pompeia, nesta quinta (13) e na sexta (14).

O destaque fica por conta do norueguês Thomas Dybdahl, que encanta com seu folk delicado cantado entre sussurros.


O evento, que propõe a troca cultural entre países nórdicos, como Noruega e Suécia, e o hispânico, quer se aproximar da América Latina. Para tanto, leva as atrações para a Argentina na sequência, nos dias 15 e 16/11.

Vejam o que falam os artistas sobre o evento:

"Guia" - O que acham da música brasileira?

Thomas Dybdahl - Eu sei o bastante para saber que os meus discos favoritos são do Brasil. "Clube da Esquina", de Milton Nascimento, "Limite das Águas", do Edu Lobo e "Getz/Gilberto", de João Gilberto e Stan Getz estão no topo da minha lista. Eu tenho escutado uma tonelada desses discos ao longo dos anos e gosto de todos por diferentes razões, uma delas é a vibe distinta da bossa.

Jay Jay-Johson - Sendo fã de Chet Baker e Frank Sinatra ainda criança, eu não demorei muito para encontrar o trabalho maravilhoso de Antônio Carlos Jobim e João Gilberto. Mas eu tenho mesmo que checar a cena contemporânea.

Zebra and Snake - Bom, Jobim é o meu favorito de todos os tempos.

Rangleklods - Nós com certeza conhecemos o samba, dos carnavais. Esben (membro da banda) era super interessado por bossa nova quando era adolescente. Jobim, Luiz Bonfá, João Gilberto, Gilberto Gil, Baden Powell, etc. Gui Boratto foi uma grande influencia alguns anos atrás. Nós gostamos muito do seu álbum "Chromophobia".


"Guia" - O que você visitará durante sua turnê em São Paulo?

TD - Não sei ainda o que faremos, além de tocar. Para minha sorte, algumas pessoas gentis se ofereceram para me guiar pela cidade. Sempre acho que o melhor jeito de se apaixonar por um lugar é conhecê-lo através dos olhos de um local.

JJJ - Eu não tenho a menor ideia. Eu espero que me levem para os lugares mais incríveis.

Zebra and Snake - Não sabemos ainda, na verdade, mas acho que de qualquer forma será bastante diferente de Helskini.

Rangleklods - Não fizemos planos. Mas adoramos dar um rolê quando visitamos uma cidade, para sentir a vibe, a cultura e a energia do lugar, lugares distantes de shoppings e pontos turísticos. Esben foi a São Paulo há alguns anos para tocar. Então estamos muito animados em explorar a cidade. Quando chegarmos, vamos pedir dicas aos locais para fugir das sugestões óbvias.


"Guia" - Como você definiria o festival? O que as pessoas podem esperar?

TD - Acho que as pessoas poderão ter uma ideia do que é a cena musical nórdica e o que ela tem a oferecer.

JJJ - O público brasileiro verá um fragmento do que se está criando lá no norte hoje em dia.

Zebra and Snake - Nós esperamos que os brasileiros tenham uma perspectiva mais fresca da nossa música e, claro, se divirta.

Rangleklods - Nós tocamos no festival em Madri no ano passado e só podemos dizer que esse festival é realmente incrível, cheio de visitantes e com uma energia louca. Lá, pela primeira vez, nós vivenciamos "cry outs", quando pessoas da plateia ficaram tão absorvidas na música que tinham que gritar no meio de uma música. Depois, nós conversamos sobre como a cultura latina é mais aberto e tem um gênio diferente do que a cultura escandinava, que é mais contida e reservada. Nós esperamos experimentar a mesma abertura e energia no Brasil. Nós só ouvimos coisas boas de amigos músicos que tocaram aí. Todos eles dizem que as pessoas ficam malucas e dançam mesmo quando não sabem a letra.


LINE UP

QUINTA-FEIRA, DIA 13

21h30 - 22h10 - THOMAS DYBDAHL
22H15 - 22H55 - ZEBRA AND SNAKE
23H00 - 23H40 - RANGLEKLODS

SEXTA-FEIRA, DIA 14
21h30 - JAY-JAY JOHANSON

Informe-se sobre o evento.

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