Dona de uma das vozes femininas mais importantes da música nacional, a veterana Gal Costa faz série de shows concorridos no Sesc Pinheiros, desta quinta (2) a domingo (5).
Os ingressos já estão esgotados.
O repertório das apresentações é baseado em “Estratosférica”, seu disco mais recente, e que marca os 50 anos de carreira da cantora.
O novo trabalho traz parcerias com novos nomes da cena musical, como Céu, Mallu Magalhães e Criolo, assim como parceiros antigos, a exemplo de Caetano Veloso, Tom Zé e Milton Nascimento.
“Foi espetacular [juntar novos nomes e veteranos]. Muita gente boa compondo. É uma galera antenada no passado”, diz a cantora ao “Guia”.
No setlist também aparecem marcos de sua carreira. “O show olha um pouco para o passado de olho no futuro. O repertório mostra isso”, diz ela.
Sesc Pinheiros - teatro Paulo Autran. R. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. 1.010 lugares. Qui. (2), sex. (3) e sáb. (4): 21h. Dom. (5): 18h. 90 min.10 anos. Ingr.: R$ 18 a R$ 60. Estac. (R$ 7,50 e R$ 10 p/ 3 h).
Confira a entrevista com a cantora.
1. O que significa “Estratosférica” para você?
É mais um trabalho seguindo uma linha jovial e moderna. Corajoso e uma delícia de fazer.
2. Como você definiria a sonoridade do disco? Quais foram suas influências?
Uma sonoridade moderna, totalmente adequada a minha história. Fiz o álbum com Alexandre Kassin, Moreno Veloso e Marcus Preto. As influências foram as de sempre, desde a bossa nova até os anos 1960.
3. Depois de cinco décadas de carreira, é necessário se reinventar?
Sempre é necessário se reinventar. Acho que o fato de buscar novas linguagens para o seu trabalho é instigante e inspirador.
4. Como o cenário político atual interfere no seu trabalho? Não interfere.
Meu trabalho é que deve provocar mudanças e as letras passam a ter uma conotação política, já que canto muitas canções dos anos 1960.
5. Quais são os seus próximos passos? Eles virão, mas não posso falar.
São muitas ideias.
colaborou VICTORIA AZEVEDO
23h00
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