"Meu lado compositora está vindo à tona", diz Mariana Aydar, que toca nesta sexta

Mariana Aydar faz show de seu disco mais recente, “Pedaço Duma Asa”, o quarto de sua carreira --fruto de uma parceria com o artista plástico Nuno Ramos--, nesta sexta (10), no Sesc Pinheiros.

“Eu acho que é uma sonoridade afro-mântrica. A gente já vinha trabalhando com ela no disco ‘Cavaleiro Selvagem Aqui te Sigo’. Conseguimos depurar e chegar nesses sons, mais pop”, diz a cantora ao “Guia”, sobre o seu trabalho mais recente.

A parceria com Ramos começou em 2007, quando ela foi gravar seu segundo disco e passou a escutar as músicas do artista. “Eu gravei algumas músicas dele no meu segundo e terceiro álbum, e foi aquele mistério do compositor e intérprete, que é quando bate”, comenta.

Em 2014 ela participou do projeto carioca Palavras Cruzadas, que propõe a união de diversas linguagens artísticas no mesmo palco, e escolheu chamar Ramos. O fruto dessa parceria foi o quarto disco de sua carreira, com composições de Ramos e do artista Clima. “Eu acabei escolhendo o Nuno e ganhei outro compositor maravilhoso que é o Clima”, brinca.

No dia, ela conta com participação especial do músico Letieres Leite. “O Letieres enxerga a música de forma muito espiritual. É uma missão levar a música como remédio para a alma das pessoas. Pra mim, ela tem muito mais do que a função cultural e de entretenimento, e eu e ele nos encontramos nesse jeito de ver e fazer música”, diz.

Veja entrevista com a cantora.

Sesc Pinheiros - teatro Paulo Autran - r. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. 1.010 lugares. 21h. 90 min. 10 anos. Ingr.: R$ 12 a R$ 40. Estac.(R$ 7,50 e R$ 10 p/ 3 h). Ingr.p/ sescsp.org.br.


Mariana Aydar faz show nesta sexta (10), no Sesc Pinheiros
Mariana Aydar faz show nesta sexta (10), no Sesc Pinheiros - Divulgação


Como você define a sonoridade de “Pedaço Duma Asa”?

É uma sonoridade afro-mântrica, é o nome que a gente dá internamente. Quando o Nuno [Ramos] me mandava as músicas, bem cruas, sem harmonias algumas vezes, eu já conseguia escutar elas nessa sonoridade, já mentalizava. Os tambores são os reis desse disco, eles comandam.

Quais as suas influências no cenário musical?

Eu ouvi muito a música baiana, desde o axé até Gil, Caetano. Essas células rítmicas da Bahia são muito importantes pra mim, as minhas músicas já nascem com elas. E também a música nordestina, o forró, o xote, o baião. Esses ritmos são matrizes da minha música, assim como o samba.

Quais são seus próximos passos?

Eu estou compondo bastante. Já estava nesse processo quando surgiu a oportunidade do disco. Agora eu estou continuando para a minha trilha de um próximo trabalho. Esse meu lado de compositora esta vindo à tona.

colaborou VICTORIA AZEVEDO

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