Clarice Falcão passeia por gêneros em show de novo disco neste sábado

A cantora Clarice Falcão, 26, faz dois shows neste final de semana no Teatro NET --neste sábado (9) e no domingo (10). 

A ex-Porta dos Fundos interpreta faixas de seu segundo disco, “Problema Meu”, lançado neste ano. “O novo disco tem isso de passear por gêneros. Cada música tem seu próprio universo. Tem marchinha de Carnaval, rock, pop, brega. E eletrônica!”, diz Clarice ao “Guia”. ​


A cantora Clarice Falcão faz dois shows neste final de semana
A cantora Clarice Falcão faz dois shows neste final de semana - Lucas Bori/Divulgação

​Com letras engraçadas e ritmos variados, o novo trabalho traz as faixas “Irônico”, “Marta” --em que a cantora conta que recebe ligações para uma mulher chamada Marta, que deve ter um número de celular semelhante ao seu-- e “Banho de Piscina”, entre outras.


“É diferente se apresentar numa casa de shows do que em um teatro. Na primeira, o público te dá muita energia. Agora em teatro, a galera está sentada, então a energia vem toda de você. Mas, por outro lado, eu acho que as pessoas prestam mais atenção nas letras e no que está rolando. São vibes diferentes”, comenta.

Theatro Net São Paulo - Shopping Vila Olímpia - r. Olimpíadas, 360, 5º andar, Vila Olímpia, tel. 4003-1212. Sáb. (9): 21h30 e dom. (10): 21h. 90 min. 12 anos. Ingr.: R$ 80 a R$ 120. Estac.(R$ 13 p/ 2 h). Ingr.p/ ingressorapido.com.br. Saiba mais.


Veja bate-papo com a cantora.

Quais as suas referências no meio musical?

Tem muita coisa que me inspira. Eu gosto muito do grupo Magnetic Fields, que mistura isso do humor, faz uma música engraçada, mas sem que ela deixe de ser sincera. E é um pouco isso o que eu aspiro fazer. Quem também faz muito bem isso é o Luiz Tatit, de transitar pelo humor e pela melancolia. Parecem que são coisas opostas, mas pra mim são duas partes da mesma moeda.

O que o segundo disco muda em relação ao primeiro?

No primeiro CD tinha a vibe das músicas serem parecidas uma com a outra. Era sobre repetição, monomania né? Era monotemático também. E as letras tem uma linguagem que é o jeito que eu me comunico mesmo. No segundo, o ponto de vista varia mais, o eu lírico varia.

Como é o processo de composição das letras?

Cada canção tem uma história muito única. Até hoje eu recebo ligações pra Marta. E claro que pro lado pessoal eu fui exagerando, porque eu nunca falei com o namorado dela, mas isso do banco é uma coisa insuportável. Eu sei que o nome dela é Marta Helena e que ela está com sérios problemas financeiros.

Cada letra que eu faço, eu termino e penso se eu contei uma história de um jeito que ninguém contou antes. Acho que só vale se for desse jeito diferente, se tiver algo novo na maneira de contar. Às vezes as letras são baseadas em histórias comigo, outras vezes com outras pessoas. Varia bastante, mas agora a minha música preferida do disco é “Vagabunda”.

A experiência no Porta dos Fundos contribuiu no seu processo de criação das músicas?

Então, a princípio foi o contrário. Eu lancei os vídeos de músicas e aí depois fui chamada pro Porta. Acho que eles viram as músicas e as letras e acharam que era um tipo de humor que poderia contribuir. O que me ajudou mesmo foi aprender como me posicionar como intérprete, principalmente na hora de subir no palco e cantar.

Quais são os seus próximos passos?

Agora eu estou começando a pensar em projetos, mas está tudo muito embrionário, porque ainda estou trabalhando com o “Problema Meu”.

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