Após 12 anos, Carlinhos Brown faz shows em SP; leia entrevista

Após 12 anos sem tocar na cidade, o cantor Carlinhos Brown volta a São Paulo para duas apresentações, na terça (12) e na quarta (13), no Teatro Santander. Vai ser o primeiro show que ocorre no espaço, inaugurado em março deste ano.

“É mais de uma década que eu não me apresento aqui. A sensação é a melhor impossível, imagina alguém que não faz show na cidade faz tempo, mas que construiu um conteúdo para apresentar pra ela”, diz Brown ao “Guia”. ​


O cantor Carlinhos Brown faz dois shows em São Paulo depois de 12 anos
O cantor Carlinhos Brown faz dois shows em São Paulo depois de 12 anos - Imas Pereira/Divulgação

​Ele revê marcos de sua carreira, como músicas de seu primeiro disco, “Alfagamabetizado”, de “Tribalistas” e de seu trabalho recém-lançado, “Artefireaccua – Incinerando o Inferno”, o 15º da trajetória.


“Arnaldo [Antunes] é meu professor, melhorou minha forma de escrita. Marisa [Monte] me ajudou nos vocais. Eu vou cantar Tribalistas sim”, comenta ele.

Teatro Santander - Complexo JK - av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. Ter. (12) e qua. (13): 21h. 90 min. Ingr.: R$ 160 a R$ 260. Estac.(R$ 14 p/ 2 h) ou valet (R$ 35). Ingr. p/ ingressorapido.com.br.


Confira bate-papo com o músico.

Como foi essa escolha do repertório?

É um momento de agradecer. De agradecer por eu estar vivo e de agradecer a todos os meus amigos da música. Eu já passei por todos os perfis de concertista, agora estou buscando o mais maduro que eu consegui na música no Brasil. Eu desenvolvi um currículo musical brasileiro, percussivo, seguindo as matrizes da nossa cultura. Eu enxergo o Brasil como o maestro popular. Todas essas questões desses últimos anos merecem ser revisitadas no show. Eu posso dizer que sou um artista brasileiro, livre.

Como você definiria o disco Artefireaccua – Incinerando o Inferno?

É um desejo incessante que o músico tem de repetir qualquer sinal de natureza. Então por isso o neologismo de arte, terra, fogo e água. A arte é um delírio positivo de acertar.

Como a experiência do The Voice interferiu em seu papel como músico?

Tudo que a gente ouve de música, a gente guarda. Nota musical é uma coisa que você acumular na cabeça, não tem um músico que não colecione notas boas. A edição brasileira do programa é tida como referência para outros países. Nós não somos detentores de um saber, porque lidamos com emoção, somos opinadores. Tecnicamente podemos tentar melhorar uma interpretação, mas é apenas uma avaliação e nunca será validação.

É preciso se reinventar?

Todos os dias. Eu não poderia me conformar com o que eu já tinha alcançado. Quem se acomoda, nunca vai conhecer outras coisas. O sucesso não deve ser o outdoor que vai desmanchar com a chuva, mas sim a forma de encontrar-se no repertório desejado pelo coletivo.



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