Diretor americano Gerald Thomas leva excesso de informação ao palco em 'Dilúvio'

Cena do espetáculo "Dilúvio", do diretor americano Gerald Thomas
Cena do espetáculo "Dilúvio", do diretor americano Gerald Thomas - Roberto Setton/Divulgação


O diretor Gerald Thomas sempre teve um pé atrás com a tecnologia. "Da era do fax", diz se espantar com a relação da filha, de 16 anos, com o celular: "O mundo dela vira uma bolha, ela some ali dentro".

Sua nova peça, "Dilúvio", que estreia neste sábado (11) no Sesc Consolação, enfoca esta última perspectiva da tecnologia: a de que as pessoas estão presas a ela, bombardeadas por informação excessiva e redundante que não conseguem processar.

Apresentada por duas performers nova-iorquinas e quatro atrizes de várias nacionalidades como a portuguesa Maria de Lima, que trabalha com Gerald desde 2010, a peça é protagonizada pela Santa DesGoogle das DesGraças, personagem que passa a maior parte da peça bêbada e tenta salvar, em um oásis imaginário, informação empilhada em excesso que começa a apodrecer.

Apesar das ressalvas em relação à tecnologia, o diretor também coleciona boas experiências Encontrei uma grande parte da equipe pela internet, pelo Facebook. Conheci a minha mulher pela rede social, conta, destacando que, ainda assim, vê tudo com o pé atrás.

"Tem os seus benefícios. Mas também pode ser muito mal usado. Há pessoas que sabem beber socialmente, outras são alcoólatras. Dialética vem em tudo, dualidade vem em tudo".

Sesc Consolação - teatro Anchieta - R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque. 280 lugares. Qui. a sáb.: 21h. Dom.: 18h. Até 17/12. Estreia 11/11. Ingresso: R$ 12 a R$ 40. Ingr. p/ sescsp.org.br.

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