Você não sabe se ri ou se chora, mas acaba fazendo os dois. É que a peça "Ciranda", em cartaz às quartas e quintas-feiras no teatro Eva Herz (no Conjunto Nacional da av. Paulista), mostra sentimentos e atitudes que todos nós temos, em algum momento e em diferentes níveis.
Um exemplo é a filha que abnega o jeito "equivocado" da mãe de levar a vida e briga com ela o tempo todo, mas depois, nos piores momentos, percebe que era exatamente disso que precisava. Que era tudo amor.
Mas não é só drama não, até porque o nome da moça é Boina (uma "homenagem" a Che Guevara) --e isso arranca boas risadas do público.
Com Tania Bondezan e Daniela Galli no elenco e direção de José Possi Neto, o texto da jornalista Célia Forte (que também escreveu a comédia "Amigas, pero No Mucho") retrata um período de 15 anos na vida dessa família.
São dois atos, onde a dupla de atrizes se reveza nos papéis femininos (primeiro são mãe e filha, depois, filha e neta).
Em meio à relação conturbada entre uma mãe solteira de 50 anos, dona de um restaurante vegetariano, e sua filha de 33, executiva e casada com um estrangeiro, o público percebe como pode ser duro e até patético esse choque de personalidades, com maneiras tão diversas de encarar a vida. Mas também vê que tudo fica melhor e mais fácil com bom humor.
"Ciranda" fica em cartaz até a próxima quinta (29), com sessões às 21h. O ingresso custa R$ 40.
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