Design de joias é ensinado em workshop na escola Perséfone.lab em São Paulo
Processo artesanal permite confeccionar anéis em prata durante aula experimental
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Na alameda Ribeirão Preto, a duas quadras da avenida Paulista, há um sobrado branco com detalhes na cor azul. A casa é sede da Perséfone.lab, uma escola de joalheria que oferece aulas experimentais para confecção de anéis em prata, às terças-feiras, das 19h às 22h, e aos sábados, das 9h às 12h e das 14h às 17h..
A experiência é idealizada por Camila Fontana, que já atuou no mercado editorial e é especializada em joalheria de bancada há mais de 7 anos. O local conta com quatro professores para acompanhamento e orientação durante os processos de produção: Camila, Thales Cavalcante, Gabriela Ramalho e Mauro Cateb.
"Perséfone é a deusa do submundo e as aulas acontecem abaixo do piso térreo. O mito existe para explicar as estações do ano. Eu queria que fosse uma deusa mulher", afirma Camila, também fundadora da escola. Por vezes, a representação de Perséfone, filha de Zeus e Deméter, a inclui segurando uma romã, o fruto proibido que ela experimentou no submundo.
"A romã tem muitas sementes. A ideia é semear conhecimento, pensando em uma coisa coletiva. Cada ambiente da casa recebe o nome de um deus da mitologia", conta.
O processo para produção dos anéis acontece de forma artesanal. No início da aula, que dura três horas, há uma explicação sobre a composição do material que será utilizado: a prata 950. O número indica a quantidade de prata pura presente na liga e a porcentagem da composição de outros metais (5%, no caso).
As bancadas, feitas em madeira, são equipadas com gavetas e estilheiras, usadas como apoio para limar e lixar as joias. A primeira etapa é medir o diâmetro da peça com uma aneleira e cortar o fio de prata em uma guilhotina. Todo o equipamento é fornecido lá.
Na sequência, um maçarico aquece o material até ficar incandescente para, então, ser resfriado e trabalhado, já que fica mais maleável. Com um martelo de madeira, para não marcar a peça, cria-se o formato arredondado após batidas em um molde circular.
Assim que se chega no formato e tamanho pretendidos, o anel é soldado com uma pequena liga de prata com latão, que une as extremidades da peça (as porcentagens de cada material variam de acordo com o projeto). Antes disso, aplica-se um líquido neon chamado Soldaron, que impede a oxidação e facilita a solda.
"A gente mede a peça de prata e marca com uma caneta. O anel pode ser ajustado aos poucos se aquecermos com fogo novamente", conta Camila.
O próximo passo envolve nivelar e remover as imperfeições das peças. Com um bom acabamento, martela-se uma parte do anel, que irá receber uma letra à escolha do visitante.
"A ideia é carimbar a letra, primeiramente, em testes que acontecem em uma placa de cobre, delimitando o espaço que vai ser marcado no anel", explica a professora. A aula é finalizada com o polimento e limpeza da peça, que sai pronta para uso. As aulas experimentais variam entre R$ 75 e R$ 95 e podem ser agendadas pelo WhatsApp (11) 91096-5245.
Perséfone.lab
Al. Ribeirão Preto, 290, Bela Vista, região central, @persefone.lab. A partir de R$ 75. Agendamentos pelo WhatsApp (11) 91096-5245.