Museu do Ipiranga destaca objetos de imigrantes em nova exposição grátis
Mostra tem 930 objetos de alemães e italianos que viveram no sul do Brasil
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O Museu do Ipiranga está com uma nova exposição temporária em cartaz. Até 28 de setembro, a mostra "Design e cotidiano na coleção Azevedo Moura" reúne 930 objetos organizados em dez núcleos temáticos e uma sala de vídeo.
A seleção da curadora Adélia Borges é resultado de mais de 60 anos de coleta realizada pelos colecionadores Calito e Tina de Azevedo Moura. Ela tem foco em objetos de uso cotidiano produzidos por imigrantes alemães e italianos no sul do Brasil, entre a segunda metade do século 19 e o início do século 20.
São móveis, utensílios domésticos, ferramentas, fotografias, materiais gráficos e outros itens que mostram como esses grupos se adaptaram às condições locais e como a cultura material atua na construção de identidades.
No núcleo inicial, "Pode entrar que a casa é sua", os visitantes encontram portas trabalhadas com detalhes de marcenaria que revelam a adaptação das técnicas europeias ao uso de madeiras nativas. Em "As várias formas do sentar", cadeiras, bancos e um cavalinho de madeira revelam o papel do mobiliário na vida doméstica.
Outros núcleos abordam temas como alimentação (Preparar e servir o pão de cada dia), religiosidade (O céu que nos protege) e comunicação gráfica (Grafias de época). Enquanto em "Mande notícias do mundo de lá", cartões postais enviados por imigrantes mostram cenas que idealizam os países de origem, aqui, aparecem paisagens floridas, crianças e corações.
Já em "Lar, doce lar", ditados ilustrados em placas remetem à vida familiar e à fé, com frases escritas em letras góticas e imagens de flores e corações.
A exposição também destaca tradições específicas e curiosas, a exemplo da sala "Noivas de preto". Nela, são exibidos vestidos usados por mulheres que se casavam de preto —prática comum entre descendentes italianos.
Em "Infância nas colônias", brinquedos e cadernos revelam como as crianças eram educadas em uma cultura ocidental burguesa. Por fim, "Ferramentas do fazer" mostra instrumentos usados por profissionais como marceneiros, ferreiros, sapateiros e alfaiates.
A visitação de outros ambientes do museu custa R$ 30 (inteira), porém, o acesso ao espaço da exposição temporária é grátis.