Musical 'Uma Linda Mulher', em SP, busca se aproximar do filme com figurinos e música
Espetáculo cumpre temporada no Teatro Santander e tenta superar fracasso da Broadway
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Em "Uma Linda Mulher", musical que chega ao palco do Teatro Santander nesta sexta-feira, 31, os fãs podem respirar aliviados. No que depender da direção do americano Fred Hanson, a versão teatral da clássica comédia romântica de 1990 vai se aproximar o máximo possível do filme que se tornou um dos principais sucessos da Sessão da Tarde no Brasil.
Para o encenador, a ideia é que o espetáculo cause uma identificação imediata com o público, que deseja encontrar em cena a romântica história de conquista e redenção do filme que lançou a então estreante Julia Roberts ao estrelato depois de dividir a cena com um então já famoso Richard Gere.
Para isso, ele escolheu manter elementos de sucesso da obra original, reproduzindo figurinos do longa e optando, inclusive, por usar a música-tema do filme na montagem, "Oh, Pretty Woman", de Roy Orbison.
"O maior desafio é que o público reconheça a história e se sinta familiarizado com o que estamos fazendo ali", diz.
Primeira montagem brasileira da obra, que chegou à Broadway em 2018, "Uma Linda Mulher" deve encontrar no Brasil um público mais aberto à sua proposta do que encontrou nos Estados Unidos. Isso porque, lá, o espetáculo encerrou temporada após um ano e teve uma recepção fria da crítica —saiu de mãos abanando sem receber nem sequer uma indicação ao prêmio Tony, o mais importante do teatro americano.
"A nossa montagem não tem nada a ver com a de Nova York. Estamos investindo em uma produção luxuosa, grande, divertida e com energia, e o público aqui fica empolgado com histórias que são felizes", diz Hanson, fazendo referência ao fim do espetáculo, quando, ao som da canção de Orbison, o público canta junto, algo que não acontecia nos Estados Unidos.
O musical conta com a mesma história que serve de base ao filme. O milionário e solitário Edward, durante uma viagem de negócios a Los Angeles, contrata Vivian, garota de programa, para lhe fazer companhia durante um fim de semana e acompanhá-lo em jantares, recepções e reuniões com outras pessoas de seu círculo social. O que deveria ser só uma sucessão de encontros profissionais vai ganhando outros contornos.
No elenco, Jarbas Homem de Mello dá vida ao milionário Edward, enquanto Thaís Piza interpreta Vivian. Embora tenham buscado imprimir suas próprias marcas nas personagens, a dupla não nega as bases criadas por Gere e Roberts no cinema.
"Existe uma leve cobrança do público porque são duas personagens icônicas, são duas estrelas, e é claro que vai haver essa comparação. E não seria inteligente da nossa parte se não tivéssemos assistido muito a esses dois trabalhos para buscar o que tem de bom ali", diz Homem de Mello.
Para o ator, embora o filme receba algumas críticas na internet por passagens consideradas machistas, ele até que envelheceu bem. A relação do público, entretanto, não impediu que o musical fizesse algumas concessões, entre elas atenuar ou aprofundar alguns traços de personalidade de Vivian.
"O musical, por ser mais atual, traz uma Vivian mais dona de si. Ela tem a chance de contar de onde veio, porque está onde está, como se defende de homens abusivos", conta Piza.
Com elenco formado por 26 atores, cantores e bailarinos, além de nove músicos, o espetáculo cumpre temporada até dia 17 de dezembro.