Precursor da dança moderna e um dos maiores teóricos da dança do século 20, o húngaro Rudolf Laban (1879-1958) ganha neste sábado (28), no MAC USP Ibirapuera, uma exposição que dialoga com sua obra.
Intitulada “Ocupação Vesica Piscis” (lê-se vézica piscis), a mostra é dividida em dois eixos expositivos: Ocupação Laban em Fluxo - Espaço Imersivo e Exposição Maria Duschenes.
No primeiro estão as chamadas peças de forma icosaédrica —o icosaedro é um poliedro de 20 faces que mais se assemelha ao círculo.
Elas representam a figura fundamental que inspirou os estudos de Laban.
Já na segunda parte, há um espaço dedicado à Maria Duschenes (1922-2014), bailarina húngara que propagou o método do artista no Brasil entre os anos 1960 e 90 —uma mostra sobre ela está em cartaz no Itaú Cultural
A idealização é de Maria Mommensohn, bailarina, coreógrafa e ex-aluna de Duschenes.
Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 2648-0254. Ter. a dom.: 10h às 18h. Abertura: 28/5, 15h. Até 10/7. GRÁTIS
ESPETÁCULOS DE DANÇA
A partir de 3/6, cinco obras coreográficas serão apresentadas como parte da programação de “Ocupação Vesica Piscis”
Cristal
Com o Coletivo A-FETO de Dança-Teatro, a instalação-performance acontece durante a exposição como uma obra de tempo continuado no qual o público não é apenas visitante, mas pode também trazer suas “contribuições cristal”. O termo parte do princípio da mutabilidade das formas cristalinas estudadas por Laban.
Sex. a dom.: 14h às 17h. De 3 a 5/6.
Uma Baleia Encalhada na Praia
A partir da obra labaniana, a criação de Andreia Yonashiro, Marion Hesser e Marcius Lindner apontam uma nova relação entre arte e ciência. A proposta do corpo, construída a partir de anos de trabalho com Joana Lopes, substitui a noção de improvisação por uma reaproximação da dança ao jogo.
Sex. a dom.: 16h. De 10 a 12/6.
Vesica Piscis
A intenção desta dança-instalação é proporcionar uma experiência cinética de um espaço dinâmico, porque na medida em que o público se move, novos aspectos do espaço vão se revelando. A criação e a interpretação é de Henrique Schuller e de Maria Mommensohn.
Sex. a dom.: 14h às 17h. De 17 a 26/6.
Obra Sem Título
O projeto, ainda em andamento, retoma a primeira cena do solo “Três Tempos Num Quarto Sem Lembrança” (2005). Nela, a bailarina Juliana Moraes repetia aceleradamente imagens femininas veiculadas em revistas de moda. A intenção é rever o material a partir das investigações feitas pela coreógrafa nos últimos dez anos.
Sex. a dom.: 16h. De 1º a 3/7.
Cebola
Com Ana Amél ia Vianna e Domenico Salvatore, o espetáculo é uma experiência pela busca da natureza humana através do gesto. A direção e a coreografia é de Márcia Milhazes.
Sex. a dom.: 16h. De 8 a 10/7.
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