"Venha com a gente que você vai se divertir". Esse é um dos motes do Pub Crawl, evento que atrai muitos turistas e moradores de São Paulo a excursões por bares e baladas do Baixo Augusta (centro) e da Vila Madalena (zona oeste) --com cerveja à vontade por uma hora e preço fixo (R$ 50, com reserva). A ação comemora aniversário de um ano neste sábado (28) e o evento de número 100.
Para celebrar a data, há uma festa especial, com duas horas de open bar de cerveja e "shots" durante a noite, no Espaço Cultural Rio Verde (zona oeste). A entrada custa R$ 40.
O Pub Crawl ("crawl" significa "rastejar", em inglês) de São Paulo tem diversos parceiros --entre bares, baladas e hostels. Alguns deles vão fornecer atrações para esta noite. "Em vez de irmos aos parceiros, eles virão a nós", destaca Paulo Araújo, 47, um dos organizadores.
O Clash Club manda o DJ Serginho, residente da casa, para um set exclusivo; o site salsa.com e o Conexión Caribe prepara workshop de música latina, com instrutores espalhados pelo salão; o Kabul envia um artista plástico que faz "live painting" com a temática da festa; o Açaí Beach Bar oferece açaí na tigela no fim da noite.
DIVERSÃO, SEGURANÇA, ECONOMIA
Uma equipe de profissionais é treinada para guiar a "peregrinação" pelas ruas, em circuitos que são feitos em duas regiões de São Paulo: Vila Madalena e Baixo Augusta.
Monitores com mega-fone animam e alertam os "pub crawlers" durante todo o caminho. E, quando o percurso é mais longo, há ônibus para levar a galera.
O serviço vem atraindo cada vez mais turistas, que aproveitam o "tour" organizado para conhecer diferentes lugares da cidade. "Eu estava no hostel sem saber o que fazer. Vi o anúncio e resolvi participar", afirma o norte-americano Andrew Martin, 27, que vive em Hollywood e já passou pelo "Pub Crawl" da Espanha, Argentina e até Croácia.
Segundo Araújo, no início, as médias de público eram baixas, mas agora atingem a marca de 80, 90 pessoas por evento.
São pessoas de várias partes do Brasil e de cerca de 50 países, como Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e França; e os menos comuns como Moldávia, Paquistão, Tailândia e Eslováquia.
O israelense Matan Uru Ring, 25, conheceu o projeto graças a amigos. "Gostei da ideia de ter uma hora de 'breja' e comida de graça, além de conhecer estudantes de outras faculdades e de outros lugares".
COMEÇO DO PUB CRAWL EM SP
A atração é mais comum em países da Europa, EUA e Argentina. Em uma viagem a Buenos Aires, em setembro de 2010, foi que a ideia surgiu.
Os quatro sócios --Paulo Araújo, Caio Paganotti, Kyu Ho Shim, e Daniel Resende-- foram juntos ao "pub crawl" do país vizinho e gostaram.
"No mês seguinte, em São Paulo, num 'chopinho' entre nós, pensamos em procurar um 'Pub Crawl' para freqüentar aqui na cidade, como clientes. Descobrimos que não havia, e meio que de brincadeira começamos a prospectar sobre o mercado para saber se caberia um negócio desse tipo. E cabia", conta Araújo.
Então, em novembro de 2010, o grupo de amigos formatou o negócio, fecharam parceiros e estrearam o primeiro circuito, na Augusta, em 28 de janeiro de 2011.
NÚMEROS E CURIOSIDADES
Eventos: 99
Público participante: 5.735 (cerca de 20% reincidente)
Média de público por evento: 58,5; com picos de 90 pessoas
Homens: 46%
Mulheres: 54%
Nacionalidades diferentes: 51
Cidades diferentes: 392
Parceiros (bares, baladas): 26
Nenhum dos sócios trabalhava com eventos noturnos:
- Kyu Ho Shim, 26, é economista
- Caio Paganotti, 25, é jornalista
- Daniel Resende, 27, é advogado
- Paulo Araújo, 47, é físico
O serviço custa de R$ 50 (com reserva) a R$ 60. Mais informações sobre o serviço podem ser obtidas no site www.pubcrawlsp.com.
1 ano de Pub Crawl SP - Centro Cultural Rio Verde - r. Belmiro Braga, 119, Vila Madalena, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3459-5321. Sáb. (28): a partir das 23h. Open Bar: 23h à 1h. Ingr.: R$ 40.
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