Crítica: 'A Saga de Dom Caixote' mistura teatro épico com diálogos e sombras

Leves e engraçadas, as ações da peça "A Saga de Dom Caixote" se sucedem ora de forma épica, com Sancho Manco como narrador, ora em forma de teatro dialogado e de sombras, com projeção de vídeos. O enredo é uma adaptação do clássico de Miguel de Cervantes (1605).

A direção (Fernando Escrich) trata o tema com invenção e liberdade. Dom Caixote (Henrique Rímoli) faz de um caixote a sua armadura. O serviçal Sancho Manco (Monique Franco) se transforma em escudeiro também quase por acidente e por interesse em lucrar após a jornada contra Exércitos de mil homens.

Da Fabulosa Trupe de Variedades, os dois atores em cena usam máscaras e nariz de palhaço e, como figuras do picadeiro, conformam-se com o destino de se aventurarem.
Sancho aceita viver o enredo imaginário do patrão e deixa isso claro quando se torna o narrador da história, apelando para a interação com o público.

A cenografia (Bira Nogueira) de dezenas de ovelhas -travesseiros que formam o Exército imaginário do herói- toma conta do palco.

Falada em prosa e em versos de boa safra, com música ao vivo, a montagem sabe integrar linguagens e encanta a plateia.

Avaliação: bom.
Indicação: a partir de sete anos.

Crédito: Arô Ribeiro/Divulgação Cena de 'A Saga de Dom Caixote
Cena de 'A Saga de Dom Caixote'

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