O Starlane abre as portas nesta quarta (21) e aumenta a lista de novidades na capital paulista que dão protagonismo à música. A proposta da casa é combinar pizzas, coquetelaria e discotecagem.

O endereço é filial do bar fundado em Londres por três brasileiros, em 2018. O Starlane virou ponto badalado numa região industrial da capital inglesa com programação de festas e DJs —e funcionamento 24 horas nos fins de semana.

Responsável pela operação deste lado do globo, Lisa Uhlendorff observa, no entanto, que a unidade é independente e tem proposta diferente. Não é um listening bar, diz, tampouco um bar-balada. Lisa é a única mulher e a mais nova do grupo de 13 sócios.

O galpão da matriz londrina dá lugar a um ambiente mais sofisticado, num casarão dos anos 1940 vizinho ao shopping Eldorado, em Pinheiros. E também maior: o espaço tem 480 m², capacidade que varia de 200 a 450 pessoas e diferentes ambiente.

Após cruzar um jardim na entrada, o visitante chega ao salão principal, com luz baixa e mesas que podem ser retiradas para virar um pista. O chão de taco original foi preservado e as paredes foram descascadas para deixar tijolinhos à mostra. Grandes placas acústicas quadradas ajudam a compor a decoração.

Mas quem chama a atenção ali mesmo são duas caixas de som de 2,7 metros de altura, construídas do zero, com duas grandes cornetas brancas. Entre elas fica a cabine de DJ, uma mesa longa feita de concreto para ajudar na performance acústica.

Em seguida, há um balcão de frente para o bar. Para acessar a área externa, o público atravessa um corredor entrecortado por placas grossas de vidro que impedem que os sons se misturem.

Nos fundos, um jardim cercado por bambus e teto transparente reúne fumódromo, arquibancada, um segundo bar e a cozinha aberta, com um forno às vistas do público. Dele, saem pizzas, o carro-chefe da unidade londrina.

O menu é assinado pelo chef Thiago Cerqueira, do The Fresh Goodies e Guilhotina. As redondas de estilo napolitano e massa de longa fermentação natural são batizadas com ritmos musicais. A k-pop (R$ 87) faz uma combinação clássica da culinária coreana: carne suína (porcheta) e kimchi, mais molho de tomate e queijo.

Há ainda sanduíches, saladas, sobremesas e entradas como a carne cruda de filé-mignon sobre azeite de manjericão, coberta com queijo grana padano e folha azedinha, servida com massa de pizza (R$ 78).

O bartender Gunter Sarfert —responsável pela carta do Lágrima e do antigo Caracol, também bares de música— divide a autoria dos coquetéis com Ingrid Shindo, ex-Cora.

A dupla expede 13 drinques autorais, como o brasa (R$ 47), com gim, cachaça infusionada com pimenta dedo-de-moça, grapefruit, suco de limão-taiti, açúcar e Aperol. A massa de pizza é usada para infusionar a vodca usada no pizzicato (R$ 47), que leva ainda jerez fino, limão, manjericão e curaçau.

A curadoria musical destaca o jazz, hip hop, trip-hop e, sobretudo, eletrônica. Além da discotecagem que rola diariamente, a agenda trará DJs internacionais, em eventos com cobrança de ingresso. Atualmente, há couvert artístico de R$ 10. O novo bar aceita reservas apenas para o primeiro horário.