A variante ômicron não está para brincadeira e os casos de infecção seguem aumentando, o que fez o governo de São Paulo sugerir que prefeituras limitem a capacidade máxima de eventos para evitar aglomerações. Ainda assim, os cinemas persistem —e abrem uma nova semana com poucas estreias, mas com um grande potencial popular.

A começar pelo nacional "Eduardo e Mônica", baseado na famosa canção da banda Legião Urbana, em que ele é um rapazote mal saído do colégio, enquanto ela já é uma universitária mais velha. À parte a diferença de idades e o conflito entre ir à lanchonete ou ver um filme de Godard, os estrelados Gabriel Leone e Alice Braga remontam essa historieta numa Brasília nostálgica dos anos 1980.

O filme de René Sampaio estreia após adiamentos provocados pela Covid-19, e é o segundo longa-metragem dele adaptando uma letra da banda —o primeiro foi "Faroeste Caboclo", de 2013.

As estrelas também vêm em peso no hollywoodiano "As Agentes 355", que conta com nomes como Jessica Chastain, a vencedora do Oscar Lupita Nyong'o, Penélope Cruz e Bingbing Fan. Numa miscelânea de nacionalidades, todas as espiãs secretas se reúnem para impedir uma arma, controlada por homens cruéis e traiçoeiros.

Já entre as estreias independentes, há o polonês "Eu Não Choro", em que uma menina, ainda menor de idade, fica sabendo da morte de seu pai, um imigrante na Irlanda. Embora tivessem uma relação distante, ela arrisca sozinha uma viagem até lá, no esforço de fazer o traslado do corpo para sua terra natal.

Por fim, há o drama "O Segundo Homem" que imagina um pai de família indo até as últimas consequências para, em teoria, proteger sua família em um Brasil distópico em que o porte de armas foi liberado —e, desde então, a violência só cresceu.

Se for ao cinema, não deixe de seguir as orientações de prevenção contra o coronavírus. Mantenha as mãos higienizadas, use uma máscara adequada e não tire a proteção do rosto durante a exibição.



As Agentes 355
A representatividade feminina e racial é a estrela aqui, com grandes estrelas que vão de Jessica Chastain e Lupita Nyong'o —que já venceu o Oscar— até a espanhola Penélope Cruz. Fazendo referência a uma misteriosa espiã americana do século 18, a ação se equilibra por um fio de história, em que as agentes secretas devem salvar o mundo de uma catástrofe. Diga-se, a direção é de um homem, Simon Kinberg, do não muito elogiado "X-Men: Fênix Negra".
EUA/China, 2022. Direção: Simon Kinberg. Com: Jessica Chastain, Penélope Cruz, Bingbing Fan. 14 anos
Leia a crítica.

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Eduardo e Mônica
Ele é do tipo que prefere ir à lanchonete. Ela, ver o filme do Godard. Mas, mesmo com as diferenças, o amor falou mais alto na história do casal que batiza a música da Legião Urbana —baseada numa história real e que, por sua vez, serve de inspiração para o filme. Este é o segundo longa em que René Sampaio adapta uma canção da célebre banda de Brasília, depois de apostar em "Faroeste Caboclo", de 2013.
Brasil, 2020. Direção: René Sampaio. Com: Alice Braga, Gabriel Leone, Juliana Carneiro da Cunha. 14 anos
Leia a crítica.

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Eu Não Choro
Olka ainda não tem 18 anos, mas vai ter de assumir a responsabilidade de gente grande para ir atrás do corpo do pai, que acabou de morrer na Irlanda, e trazê-lo de volta para a Polônia, sua terra natal. Os obstáculos do mundo e a sua rebeldia parecem conspirar contra ela, mas, afinal, esta será uma jornada de amadurecimento e de descobertas.
Irlanda/Polônia, 2020. Direção: Piotr Domalewski. Com: Kinga Preis, Arkadiusz Jakubik, Nigel O‘Neill. 14 anos
Leia a crítica.

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O Segundo Homem
Num Brasil em que o porte de armas é liberado, o protagonista vivido por Anderson Di Rizzi —mais conhecido pelos papéis cômicos em novelas da Globo— decide se alistar na Legião Estrangeira para ajudar a proteger sua família da violência crescente. O filme já está disponível no streaming Star+.
Brasil, 2022. Direção: Thiago Luciano. Com: Anderson Di Rizzi, Lucy Ramos, Cleo Pires. 16 anos