Em sua 28ª edição, o É Tudo Verdade celebra a volta 100% presencial do público às salas de cinema no principal festival de documentários do Brasil, e um dos mais relevantes do mundo, que leva a assinatura habitual do diretor-fundador Amir Labaki.

Com 72 títulos de 34 países, o festival traz o frescor da produção mundial de diferentes cantos do mundo, entre os dias 13 e 23 de abril. Em São Paulo, o ETV acontece nas salas Cinemateca, Cine Marquise, Instituto Moreira Salles e Sesc 24 de Maio.

A seguir, confira dez sugestões de longas que serão exibidos no festival. E consulte a programação completa em etudoverdade.com.br.

171
O documentário em preto e branco traz a história de seis personagens que foram presas pelo crime de estelionato, o famoso código penal 171. De golpes pequenos a milionários, são pessoas que usaram a lábia para tirar proveito de outros. Com formação de jornalismo, Siqueira também dirigiu "Terra Deu Terra Come" (2010), vencedor do ETV.
Direção: Rodrigo Siqueira. Classificação não indicada. 95 min. Dias 16, às 19h (Cinemateca), e 18, às 20h30 (Cine Marquise)

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1968 - Um Ano na Vida
Assim como João Moreira Salles em "No Intenso Agora" (2017), Eduardo Escorel revisita o turbulento ano de 1968. No entanto, neste caso ele usa como ponto de partida o diário "Lost", da irmã Silvia Escorel, um ano mais velha que o diretor, que comenta em off e traz uma visão mais pessoal e familiar do período. O longa foi escolhido como filme de abertura do festival no Rio.
Direção: Eduardo Escorel. 14 anos. 91 min. Dia 15, às 18h30 (Cine Marquise)

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Beleza Silenciosa
Em tempos em que o cinema de ficção traz "Entre Mulheres", com discussões relevantes sobre violência contra a mulher e misoginia, vale dar uma olhada no filme de não ficção que marca a estreia de Jasmin López. Americana de família mexicana, ela relembra o abuso sexual que sofreu do avô quando ainda era criança. Ao expor sua história, descobre que gerações de sua família foram vítimas do mesmo abuso ao longo dos anos. O filme integra o Foco Latino-Americano no ETV.
Direção: Jasmin Mara López. 88 min. Classificação não indicada. Dias 14, às 14h (Sesc 24 de Maio), 21, às 19h (CCSP); e de 17 a 23 na plataforma de streaming Sesc Digital

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Um Espião Compassivo
Com muito material de pesquisa, o documentário resgata a trajetória de Ted Hall (1925-1999), brilhante físico judeu formado em Harvard que, aos 18 anos, foi o mais jovem integrante do Projeto Manhattan, em 1944, que resultou na criação da bomba nuclear. Ao ver a devastação provocada pela sua colaboração e com medo do que o monopólio americano da bomba poderia resultar, Hall resolve passar informações secretas para a União Soviética.
Direção: Steve James. Classificação não indicada. 101 min. Dias 18, às 14h (Cinemateca), e 22, às 19h30 (IMS)

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Incompatível com a Vida
Traz um relato da diretora, Eliza Capai, sobre a própria gravidez. Ela cruza a experiência com a de outras seis mulheres, criando um documentário sobre os desafios da maternidade em vista da morte.
Direção: Eliza Capai. 16 anos. Dias 15, às 20h30 (Cine Marquise), e 19, às 19h (Cinemateca)

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Liberdade em Chamas
Disponível na Netflix, o documentário indicado ao Oscar "Winter on Fire" (2015), sobre uma manifestação pacífica que se tornou um levante popular contra o governo ucraniano (na época aliado a Putin) voltou a ficar em evidência quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Agora o mesmo diretor traz este novo longa, focado na resiliência do povo diante dos crimes de guerra e a invasão sofrida pela Rússia. O filme foi apresentado no Festival de Veneza, em setembro de 2022, mas a versão que chega ao Brasil ganhou uma montagem ainda mais atualizada.
Direção: Evgeny Afineevsky. 114 min. Dias 14, às 19h (CCSP), e 16, às 14h (Cinemateca)

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Merkel
A chanceler Angela Merkel comandou a Alemanha entre 2005 e 2021, tornando-se uma das políticas mais influentes do século 21, de qualquer gênero. Este documentário faz um retrato generoso da líder, resgatando os tempos pré-política, quando Merkel era uma cientista que cresceu do lado oriental da Alemanha. Suas memórias da construção do muro e sua ascensão política após a queda do próprio estão lá. Há ainda um contraste curioso em relação a Donald Trump, que sempre criticou a política de Merkel e incentivou a construção de um muro na divisa com o México.
Direção: Eva Weber. 95 min. Dias 14, às 14h (Cinemateca), e 15, às 19h (CCSP)

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Nada sobre Meu Pai
Em um trabalho pessoal e investigativo, Susanna Lira tenta descobrir um pouco mais da história do pai que ela nunca conheceu, um guerrilheiro equatoriano veio ao Brasil nos anos 1970 para lutar contra a ditadura. Da mesma diretora de "Torre das Donzelas" (2018), no qual revisitou a prisão em que a ex-presidente Dilma e outras mulheres ficaram durante a ditadura.
Direção: Susanna Lira. 93 min. Dias 17, às 20h30 (Cine Marquise), e 18, às 19h (Cinemateca)

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Pianoforte
Um documentário literalmente clássico, que registra uma das mais importantes competições de piano do mundo, a Chopin Competition, em Varsóvia. Quase como uma Olimpíada, o evento acontece de cinco em cinco anos (a última foi em 2021) chamando grande atenção de público e mídia europeia. Piatek acompanha mais de perto alguns dos 87 participantes, que se apresentam em eliminatórias ao longo de 21 dias tensos. Os jovens pianistas tentam lidar com a pressão da competição e as exigências de seus professores até a finalíssima, com 12 concorrentes.
Direção: Jakub Piatek. 91 min. Dias 18, às 16h30 (Cinemateca), e 21, às 17h (IMS)

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Still: Ainda Sou Michael J. Fox
Difícil tentar comparar o sucesso do canadense baixinho (1,63 m) Michael J. Fox com qualquer ator do século 21. Mas nos anos 1980 e 1990 ele foi um dos principais astros de Hollywood, seja na telinha (ganhou Emmys pelas comédias "Caras e Caretas" e "Spin City") ou na telona, com o estrondoso sucesso de "De Volta para o Futuro". Neste documentário revelador de Guggenheim ("Uma Verdade Incoveniente"), o próprio Fox abre o jogo sobre como lidou com a descoberta do mal de Parkinson no auge da fama —ele revela que recebeu o diagnóstico em 1991, aos 29 anos, e tomava pílulas para tentar disfarçar os sintomas. Este retrato cativante de Fox já garantiu distribuição no streaming, pela Apple TV+, a partir de 12 de maio.
Direção: Davis Guggenheim. 95 min. Dias 15, às 14h (Cinemateca), e 21, às 19h30 (IMS)

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Subject
Um dos documentários mais interessantes dos últimos anos, "Subject" mergulha justamente no jeito de se fazer documentários e na suposta objetividade, ou subjetividade, com que personagens são conduzidos ou revelados na recente era de ouro do gênero. Para isso, a dupla de diretoras dá um certo controle da narrativa (ou não?) a personagens de títulos recentes famosos, como "Na Captura dos Friedmans", "A Praça Tahrir", "Basquete Blues" e, principalmente, "The Staircase", cultuado documentário da linhagem "true crime" que motivou o longa, e que originou a série de ficção "A Escada". O título foi escolhido para a abertura do festival em São Paulo.
Direção: Camilla Hall e Jennifer Tiexiera. 97 min. Dia 13, às 20h30 (Cine Marquise)