Sesc SP muda sistema de almoço e usuários reclamam de filas; veja como vai funcionar
Agendamento, que desde a pandemia passou a ser online, agora será feito presencialmente
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A partir da próxima segunda-feira (4), o Sesc São Paulo terá um novo esquema de acesso às suas comedorias no horário do almoço. Para "promover a ocupação e ampliar o acesso aos restaurantes", o agendamento da refeição agora passa a ser feito apenas presencialmente, a partir do horário de abertura das unidades, conforme disponibilidade de horário para aquela data.
Isso significa que o agendamento online, que existe hoje, não será mais aceito.
O Sesc também anunciou a volta do autosserviço (self-service) para os buffets de saladas, arroz e feijão —o prato principal e a guarnição continuam porcionados. Durante a pandemia, toda a refeição passou a ser servida por funcionários, separados dos usuários por uma barreira de acrílico para reduzir as possibilidades de transmissão do coronavírus.
As novidades foram anunciadas no site do Sesc e nas redes sociais da instituição, provocando uma onda de comentários negativos por remeter ao modelo que vigorava até antes da pandemia, quando as comedorias funcionavam por ordem de chegada. Nessa época, filas imensas se formavam nas unidades desde a manhã até o meio da tarde e, nem sempre, garantiam o almoço, uma vez que as senhas podiam se esgotar.
No X, antigo Twitter, usuários reclamam que, com o novo sistema, será necessário comparecer às unidades duas vezes: uma, pela manhã, para fazer o agendamento presencialmente e outra, no horário do almoço, para efetivamente almoçar.
"Agora só vão conseguir comer no Sesc os desempregados e desocupados que podem ir no Sesc agendar o horário, ir passear e voltar para almoçar", postou o usuário @johwfa. "O trabalhador não consegue seguir essa logística."
Com a pandemia, um sistema de agendamento online acabou com as filas ao permitir que os usuários agendassem, no dia anterior, um horário para almoçar no dia seguinte. Recentemente, inclusive, esse modelo foi aprimorado com um sistema de fila digital semelhante ao das empresas que vendem ingressos de shows, permitindo que os usuários consigam fazer seus agendamentos com calma independente do volume de acessos simultâneos.
O almoço nas comedorias do Sesc atrai um público fiel de milhares de pessoas (só no Sesc 24 de Maio, no centro da capital, são servidos cerca de 1.600 almoços por dia) por oferecer refeições fartas, de qualidade e com um cardápio variado a preços bastante atrativos. Para os portadores da credencial plena, um almoço completo (com salada, prato principal, bebida, sobremesa e fruta) sai por R$15,50. Quem não tem a credencial também pode almoçar, mas sem o subsídio do Sesc —nesse caso, o valor da refeição completa é de R$38.
"A partir de uma constante reflexão para atender a população com qualidade, começamos a observar que muitas pessoas agendavam e não compareciam. Passamos, então, a estudar como otimizar esse atendimento, ampliando o acesso de diferentes públicos, incluindo os que têm dificuldades tecnológicas", explicou o Sesc em nota enviada à Folha, afirmando que o novo sistema não retoma as filas pré-pandemia e que não há a necessidade de duas visitas às unidades.
"A intenção é que as pessoas possam fazer a compra do almoço a partir da abertura da unidade, mas haverá também a possibilidade de comprar seu almoço ao longo do período de funcionamento do restaurante ou até a atingir a sua capacidade de atendimento", diz a nota. "As redes sociais têm comentários diversos, muitos elogios, críticas e dúvidas, algo esperado, que vamos dar atenção necessária durante as próximas semanas."