'Foi a primeira vez que dei palpite em adaptação', diz Ziraldo sobre musical do Menino Maluquinho

O Menino Maluquinho já aprontou em livro, em jornais e em filmes. Mas é a primeira vez que ele vai cantar: "O Menino Maluquinho - O Musical" estreia neste sábado (19), no Teatro Bradesco (zona oeste de São Paulo). Os ingressos custam de R$ 30 a R$ 100 e podem ser comprados pelo site www.ingressorapido.com.br.

Com tantas aventuras já vividas pelo personagem, não faltaram referências para João Lucas Martins, 12, que interpreta Maluquinho. "Li livros, jornais... comprei até o Almanaque do Ziraldo", conta.

O autor acompanhou a adaptação do texto, feita por Juliano Marceano. "O Ziraldo tem muito carinho pela obra e deu dicas importantes", diz.

Como no livro e nos quadrinhos, Maluquinho vive aventuras com seus amigos —e algumas delas acontecem só na sua fértil imaginação.

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Como bom pai do Maluquinho, Ziraldo participou da adaptação do texto ao teatro. Veja a entrevista:

Guia Folha - É a primeira vez que "O Menino Maluquinho" vira musical. Essa ideia te surpreendeu?
Ziraldo - O pessoal da produção está muito animado. Estão numa alegria só com esse projeto. E é a última das formas tradicionais de espetáculo que faltava para o Maluquinho. Teve HQ, tira de jornal, filme, série de TV, peça, ópera infantil... agora ele vai fazer tudo. Achei o projeto muito legal; torço muito para que dê certo.

Como foi o trabalho de adaptação do texto?
Foi a primeira vez que palpitei em alguma adaptação. Pedi para que a peça fosse mais baseada no livro do que na HQ. Porque o Maluquinho tem duas existências: no livro e nos quadrinhos. Muita gente conhece mais a tirinha de jornal do que o livro, então insisti para que o enredo original fosse mantido. É problemático porque o livro não tem muita história, mas a essência está no roteiro da peça.

Foi difícil?
Não, porque deixei mais na mão da produção. Mas dei palpites. Acho que dei muitos pitacos; no fim, até pedi desculpas. Quando você cria um personagem, é como se tivesse um filho. Ao dar palpite, é a mesma coisa que dar nome para esse filho. Com o musical, resolvi dar palpite, mas a criação é toda da equipe. Todos conhecem o Maluquinho muito bem e estavam muito seguros.

O Maluquinho será apresentado à nova geração de maneira diferente...
Exato. Vamos ver o que vai acontecer. Mas o Maluquinho não tem época, porque toda criança se reconhece nele. Ele representa o menino brasileiro. Tanto que o Maluquinho nem tem nome. Acho engraçado porque muita gente já me perguntou quando eu vou criar uma menina maluquinha. Mas as meninas também são o Maluquinho. Então, não é uma história sobre um menino específico; é uma história sobre uma instituição.

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