Descrição de chapéu Crítica
Criança

Trama com gatos e velhinha dançarina encanta pela produção

'Doroteia, a Velhinha que Gostava de Dançar' está em cartaz no Sesc Santana

Gabriela Romeu

Dorotéia, a Velhinha que Gostava de Dançar

Com concepção, direção e dramaturgia de Miló Martins (do bom “A Menina e o Sábiá”), “Dorotéia, a Velhinha que Gostava de Dançar” é um espetáculo (quase) sem palavras que trata das descobertas do amor na velhice, a partir de linguagens do corpo.

No enredo, uma velhinha dançarina, Dorotéia (Dora Bueno), e seu gato brincalhão (Danilo Alves) recebem a visita inesperada dos novos vizinhos, uma gata sedutora (Mariana Taques) e seu dono, Augustus (Ari Willians). 

O encontro amoroso dos dois velhinhos  esbanja graça ao bailar no ritmo de uma idade que pede cautela nos movimentos. Já os gatos, assim como as crianças, brincam em manobras de parkour na casa cheia de obstáculos.

Na narrativa visual, se sobressaem figurino (Márcio Vinícius) e iluminação (Marisa Bentivegna). Mas se a produção caprichada encanta, a dramaturgia inspirada em livro homônimo de Margareth Park, marcada pela singeleza, carece de peripécias. No enredo, as ações se repetem, como o sono insistente de Dorotéia ou as brincadeiras da gata invasora.

Elenco de 'Dorotéia, a Velhinha  que Gostava de Dançar', em cartaz no Sesc Santana
Elenco de 'Dorotéia, a Velhinha que Gostava de Dançar', em cartaz no Sesc Santana - Ian Maenfeld/Divulgação

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