Crítica: Com música executada ao vivo, peça dialoga com fábula chinesa

"Círculo de Giz", o novo espetáculo da Cia. Paidéia de Teatro, coloca a infância no centro do palco. O grupo dirigido por Amauri Falseti mais uma vez aborda questões densas e de grande contribuição para a cena teatral em São Paulo.

O espetáculo conduz a plateia por uma fábula chinesa, encenada por um menino adoentado, por sua mãe pelos funcionários de um hospital. A história transita entre os universos do real e do mágico, da infância e do mundo adulto, e culmina em um julgamento.

Crédito: Ingo Drumm/Divulgação Cena de "Círculo de Giz", da Cia. Paidéia de Teatro
Cena de "Círculo de Giz", da Cia. Paidéia de Teatro

Nessa fabulação escrita por Armin Petras e Lara Kugelmann, cada personagem simboliza uma fase da vida, da infância à velhice. Emergem muitas leituras em diversas temáticas, como a perda da inocência, a relação materna, o feminino e a teimosia das crianças em romper o mundo.

Executada ao vivo, a trilha sonora é vigorosa e cheia de ritmos marcados por uma brasilidade que dialoga com a fábula chinesa. A música ajuda a fluir momentos de maior densidade, que podem ficar represados no entendimento da plateia.

Já na canção que abre o espetáculo é feito um convite para a plateia adentrar na brincadeira do fazer teatral, que permeia com encantamento todo espetáculo. "Agora eu sou...", diz o menino, e realidade se veste de fantasia.

Avaliação: muito bom
Indicação do "Guia": a partir de 11 anos

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