Na eleição de melhores eventos de 2016, o júri convidado pelo "Guia" elegeu "Henriques" o melhor espetáculo infantil do ano.
A peça da Cia. Vagalum Tum Tum levou vantagem sobre "Caminho da Roça", a 2ª colocada, e três textos que empataram no 3º lugar: "A Princesa e a Costureira", "Feio" e "Berenices". Veja abaixo os votos que cada um recebeu.
"Henriques" tem humor, diálogos inteligentes e agrada ao público porque oferece um pouco de tudo: luta de espadas e outras armas medievais perigosíssimas, cenas de grandes emoções, de suspense e as que provocam medo. A peça conta a história de pai e filho, o rei Henrique 4º e o príncipe Henrique 5º. Revela as intrigas palacianas pela substituição no trono, porque o príncipe fazia farras com os amigos Pistola e Falstaff, que era conselheiro do rei e do príncipe ao mesmo tempo. Indicação da crítica: acima de seis anos.
A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.
Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor na categoria de teatro infantil foi "FIM?", do grupo Esparrama, que teve 48% dos votos.
1º lugar (8 pontos): "Henriques"
2º lugar (6 pontos): "Caminhos da Roça"
3º lugar (empatados com 3 pontos): "A Princesa e a Costureira", "Feio" e "Berenices"
- Bia Rosenberg, diretora de programas infantis
1º lugar: "Henriques". Nunca Shakespeare foi tão engraçado e tocante. Jogada de mestre de Angelo Brandini
2º lugar: "Berenices". O nascimento de um irmão suscita dúvidas na pequena Berenice, um dos bonecos mais doces e expressivos que já se apresentaram num palco
3º lugar: "Caminho da Roça". Impossível não adorar as histórias caipiras recheadas de folclore, conduzidas com graça e alegria pelas Meninas do Conto
Pior do ano: não citou
- Dib Carneiro Neto, crítico e editor do site Pecinha É a Vovozinha
1º lugar: "A Princesa e a Costureira". Delicadeza e poesia ao abordar tema tabu: menina com menina
2º lugar: "O Pequeno Príncipe". Tony Giusti acerta com ritmo de sonho desconexo, hipnotizante e belo
3º lugar: "O Menino que Perdeu a Lua". Fantasia e fuga de garoto com saudades do pai, pela cia. D. Caixote
Pior do ano: não citou
- Gabriela Romeu, crítica do "Guia"
1º lugar: "Caminho da Roça". Um delicioso encontro com a cultura caipira e entre duas atrizes incríveis (Simone Grande e Antonia Matos)
2º lugar: "Henriques". Angelo Brandini sabe como ninguém falar de morte e fazer rir e chorar e rir, sem banalizar nada
3º lugar: "Berenices". Teatro intimista, da busca do próprio eu. Num espetáculo quase sem palavras, Verônica Gerchman diz muito
Pior do ano: não citou
- Luiza Jorge, produtora e curadora de projetos da Academia de Arte e Cultura
1º lugar: "Feio". Sensível adaptação de O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen, acessível para deficientes auditivos e visuais
2º lugar: "Caminho da Roça". Pelo resgate da cultura interiorana e os mitos do folclore brasileiro
3º lugar: "Meu Amigo Inventor". Por transportar ao universo infantil a genialidade do multiartista Leonardo da Vinci
Pior do ano: não citou
- Mônica Rodrigues da Costa, crítica do "Guia"
1º lugar: "Henriques". Espetáculo desafia a inteligência do público ao contar história de Shakespeare
2º lugar: "Peer Gynt". Trilha sonora com Beatles e Skank ajuda os adolescentes a usufruir do enredo
3º lugar: "Meu Amigo Inventor". Imaginação de criança traz o multiartista Da Vinci ao reino das brincadeiras
Pior do ano: "O Mundo de Tim Burton". Exposição ficou prejudicada devido às filas intermináveis
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
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