Zé Miguel Wisnik lança álbum em dois shows; leia entrevista

José Miguel Wisnik, 62, é um homem dividido. Dá aulas e aulas-show, escreve livros e canções (para espetáculos, inclusive), dá palestras e conferências. Na última Flip, fez jornada dupla --ministrou e cantou.

"Eu estava mais dividido quando não fazia tudo isso", diz o músico, que exibe "Indivisível", seu novo álbum, no sábado (23) e no domingo (24), no Sesc Pompeia (zona oeste de São Paulo).

O nome do disco, que é duplo, é uma provocação. Em um CD, impera o piano --instrumento de Wisnik. No outro, o comando é do violão do parceiro Arthur Nestrovski, que subirá ao palco junto de Marcelo Jeneci (teclados) e Celso Sim (voz). "É como se fosse tudo uma coisa só."

Abaixo, leia a entrevista com Zé Miguel Wisnik.

Informe-se sobre o evento

Crédito: Isadora Brant/Folhapress José Miguel Wisnik lança com shows em julho no Sesc Pompeia o álbum duplo "Indivisível"; emumdisco as canções são embaladas por violão; no segundo, por piano; há no CD um duo com Chico Buarque: "A Gal Costa encomendou uma música, então fizemos 'Embebedado' para ela"


Guia Folha - O disco se chama "Indivisível", mas você se divide em muitos para fazer tudo o que faz, não?
Wisnik - Sinto que depois que faço todas elas é que eu não me divido. Estava mais dividido quando não fazia tudo isso. Quando eu era professor e não fazia música, eu me sentia dividido. Quando dou aulas, ao mesmo tempo palestras e faço música, me perguntavam: "você não se sente dividido?", e a resposta era não.

Por que a dualidade piano e violão?
Fiz muitas aulas-show com o Arthur Nestrovski [violinista]. Passamos entre 2008 e 2010 tocando muito juntos, então desenvolvemos um repertório de minhas músicas [com piano] e de outros, com o violão dele. Quis fazer algo que tivesse a ver com nossa parceria.

E por que "Indivisível"?
Quando vi, achei que tinha dois discos ali --tem musicas que são mais ligadas ao piano e as do violão. Se chamou "Indivisível" porque é o nome de umas das músicas, mas também porque é como se fosse tudo uma coisa só. Eu sei que hoje se escuta menos discos inteiro, e era não só um, mas dois discos. O título briga com isso.

Você está com seus parceiros há tempos...
Esse é um disco de músicos que vêm tocando comigo e que gravaram no disco. Acho que, com os anos, quando a gente toca com um músico, sente que tem uma afinidade muito grande, e aquele músico passa a ser parceiro com quem você passa tocar. Tem parcerias com o Chico [Buarque], com a Alice Ruiz, com Tatit, com Jeneci...

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais