Como tentar se proteger contra a Covid em festas e baladas, que voltam a funcionar em SP

Pistas são reabertas em 1º de novembro; infectologistas dizem que aglomerações são risco

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São Paulo

São Paulo está entrando na sua fase mais branda de restrições desde que a pandemia começou no ano passado. Na capital, foi decretado nesta quinta-feira, dia 28, o fim de mais regras de impedimento em estabelecimentos da cidade —não há mais limite de ocupação, exigência de distanciamento mínimo entre as pessoas nem limites de horário de funcionamento, por exemplo. O decreto foi publicado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no Diário Oficial da Cidade.

Já o governo do estado prepara o afrouxamento da quarentena em todo o estado, permitindo pistas de dança em baladas e shows com plateia em pé e aglomerada, a partir de segunda, dia 1º de novembro.

É o momento mais próximo da normalidade do mundo pré-Covid desde o início da pandemia.

Para infectologistas, contudo, é importante que a população saiba que em shows e casas norturnas não há garantia de proteção contra o vírus. E que há chances de ser infectado pela Covid-19 mesmo estando vacinado. "Para quem quer estar 100% protegido, o conselho é não ir para as pistas ainda", diz Ivan França, infectologista do Hospital Oswaldo Cruz.

DJ de máscara se apresenta no Espaço Barra Funda - Divulgação

A exigência do passaporte da vacina na entrada dos eventos, no entanto, é vista como positiva pelo médico. Mas vale resssaltar que, mesmo com 98% da população de São Paulo com mais de 12 anos vacinada com pelo menos uma dose, as pessoas ainda podem se contaminar com a doença.

"Mais importante do que olhar o percentual da população vacinada, é olhar a transmissão comunitária da Covid-19", diz o infectologista Evaldo Araujo, da Sociedade Paulista de Infectologia. Isso significa acompanhar o número de casos novos, de óbitos, de internações e, sobretudo, o percentual de testes positivos para coronavírus realizados.

Se decidir sair de casa e frequentar as pistas amontoadas, confira algumas recomendações dos infectologistas para tentar se proteger.

Para onde ir?
Como não há mais restrição de capacidade de público nos locais, infectologistas recomendam alguns critérios na hora de escolher o ambiente para o qual está indo. O ideal é escolher lugares que garantam a circulação de ar, seja por sistema de exaustão ou com áreas abertas, e que tenham filtros dos aparelhos de ar-condicionado em dia. Além disso, os locais precisam respeitar normas de segurança, como a disponibilização de álcool em gel por toda a casa. Outra recomendação é priorizar espaços que exijam comprovante de vacinação para os frequentadores.


O uso de máscara
A utilização de máscara ainda é obrigatória no estado de São Paulo. Seja na pista ou conversando com os amigos, ela só deverá ser tirada na hora de consumir algum alimento ou bebida. "Não use a desculpa de estar com o copo na mão para ficar sem a máscara", diz França. A proteção precisa estar no rosto o tempo inteiro.


Qual máscara usar?
Se escolher ir a ambientes em que ficará na plateia —como teatros, shows ou cinema—, o recomendado é usar a PFF2, também conhecida como N95. Evite máscaras com válvulas, pois não garantem a mesma proteção.

Já em locais em que haverá muita manipulação da máscara para comer ou beber —como em baladas, festas e restaurantes—, é recomendável usar uma descartável com três camadas filtrantes. Lembre-se de sempre levar outra de reserva, pois se a proteção estiver molhada, suja ou rasgada, ela não garantirá a mesma filtragem.

Caso utilize a de pano, garanta que ela seja feita com duas camadas. A melhor máscara é aquela utilizada da maneira correta. Nada de deixar boca ou nariz de fora. Ela deve estar bem encaixada no rosto.


Distanciamento
É difícil manter o distânciamento em lugares como baladas e shows —mas, se possível, fique a pelo menos um metro de distância das outras pessoas.