Samba é trilha sonora de ruas e clubes do Bexiga, que retomam programação; veja roteiro
Ritmo embala região no centro de SP, que ganha clima de pré-Carnaval e aglomerações
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Circular pelas ruas estreitas do Bexiga, na região central de São Paulo, é quase como revisitar uma antiga cena do samba na capital. Especialmente aos finais de semana, quando as batidas e acordes embalam a cantoria e o burburinho do público que circula por ali.
O agito começa nas noites de sexta, com o famoso Samba da 13, nome popular dado ao grupo Madeira de Lei, que há mais de dez anos se apresenta na calçada da rua 13 de Maio, altura do número 507, sempre no mesmo dia, e que voltou à agenda na última semana. Quando a atmosfera esquenta, os músicos desaparecem no meio da multidão, que invade as ruas em clima de Carnaval fora de época.
Conforme a noite avança, a aglomeração aumenta. Por isso, não é raro que a polícia seja chamada pela vizinhança para desobstruir a via para a passagem de veículos —e encerra o evento.
Isso porque no Bexiga os bares dividem espaço com casas residenciais. Por isso, as festas de rua mais animadas não invadem a madrugada. É o caso do Samba da 13, que começa por volta das 19h e normalmente acaba no auge da empolgação do público, por volta das 23h —um jeito de deixar a turma querendo mais.
Quem quiser continuar curtindo um samba, pode ir até o bar Toca da Capivara, na rua Major Diogo, 865, que fica aberto até às 2h onde que se apresentam de quinta a sábado um grupo diferente de samba por dia .
Outra opção para curtir durante a madrugada é o Mundo Pensante, na rua 13 de Maio, 830. O espaço é uma espécie de centro cultural com casa de shows, com programação de festas e de bandas. Ali, o público troca o litrão por garrafas long neck para curtir uma programação com apresentações instrumentais, rodas de samba e DJs que destacam ritmos de raízes brasileiras.
O Ala! Jardim, por sua vez, oferece um clima mais intimista. Mistura de restaurante, brechó e casa de shows, o espaço conta com um agradável jardim, que recebe músicos e festas. Neste sábado, dia 27, a partir das 16h, está marcada uma homenagem à cantora Elza Soares.
Em um imóvel tombado dos anos 1920, a Casa Barbosa, na rua Rui Barbosa, promove festas, performances e shows de jazz, samba, choro, forró, entre outros estilos, em ambiente de clima despojado. Dá para manter o ritmo do Ala! e seguir para lá depois, às 21h30, quando o local recebe o Samba de Dandara, de exaltação às muheres sambistas.
Mesmo com tanta oferta, o Bexiga ainda esconde passeios dos quais que só o pessoal mais antenado fica sabendo. É o caso do samba que acontece aos domingos em uma funilaria no número 574 da rua Rui Barbosa, que reúne de anônimos e famosos.
O local não tem nome, mas ficou conhecido como Samba da Funilaria —e, assim como o da 13, enche as ruas e acaba quando a polícia chega.
É verdade que o Bexiga também tem espaço para o rock –clubes como o Madame e Café Piu Piu também estão por ali—, mas é o samba que vibra ali, desde os tempos de Adoniran Barbosa.
Boêmia no Bexiga
Ala! Jardim
r. Rui Barbosa, 658. Instagram @ala.jardim
Casa Barbosa
r. Rui Barbosa, 559. Instagram @casabarbosabixiga
Funilaria Bexiga
r. Rui Barbosa, 574. Instagram @funilariabixiga
Mundo Pensante
r. 13 de Maio, 830. Instagram @mundopensante
Samba da Treze
r. 13 de Maio, 507. Instagram @sambadatrezebixiga
Toca da Capivara
r. Major Diogo, 865. Instagram @atocadacapivara