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Filmes mostra de cinema

Cinema em cápsulas, com sessões por até R$ 420, é aposta de shopping na pandemia

Projeto Cine Vista ocupa o terraço do JK Iguatemi, em SP, com minissalas de até seis pessoas

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São Paulo

São Paulo segue tentando adaptar o cinema à pandemia. Desta vez, é o terraço do shopping JK Iguatemi que se prepara para receber a sétima edição do Cine Vista, que terá um formato pensado para o mundo tomado pela Covid-19 —o espaço será ocupado com oito minissalas, em formato de cápsulas, com capacidade para até seis pessoas cada uma.

Entre os dias 4 e 18 de julho, o projeto contará com programação de filmes premiados e indicados ao Oscar. As cápsulas têm teto transparente, poltronas reclináveis com mesa dobrável e suporte para copo, luminária, conectores de USB e cooler embutido. Além disso, as cadeiras ficarão posicionadas em alturas diferentes para facilitar a visão da tela. O ideal, é claro, é que as cápsulas sejam ocupadas por pessoas que já estejam convivendo.

Anteriormente, o Cine Vista havia divulgado as datas de 4 a 11 de julho, mas ampliou a programação devido à procura do público.

Projeto mostra como serão as cápsulas de cinema do Cine Vista 2021. Divulgação/

Edição de 2021 do projeto Cine Vista será de 4 a 11 de julho, no terraço do shopping JK Iguatemi. Divulgação/

Projeto da cabine do Cine Vista 2021, com capacidade para até seis pessoas. Divulgação/

Projeto da cabine do Cine Vista 2021, com capacidade para até seis pessoas. Divulgação/

A programação prevê sessões diárias, todas às 19h. A animação “Raya e o Último Dragão” marca a estreia, no domingo, dia 4 de julho. “Pinóquio” é o filme de segunda-feira, dia 5. “Bela Vingança” é exibido na terça-feira (6), seguido de “Meu Pai”, que é a atração de quarta-feira (7). “Judas e o Messias Negro” é exibido na quinta-feira (8), enquanto “Minari” chega às telas na sexta-feira (9). O vencedor do Oscar deste ano, “Nomadland” está programado para o sábado, dia 10. Já a comédia “Em Guerra com o Vovô” é a atração do domingo, 11.

Depois, a programação repete os filmes. No dia 12, segunda-feira, será exibido "Meu Pai"; na terça, 13, é o dia de "Pinóquio"; quarta, dia 14, é nova oportunidade para quem perdeu "Nomadland"; quinta, dia 15, é o repeteco de "Bela Vingança"; sexta, 16, o de "Judas e o Messias Negro"; sábado, 17, o de "Minari"; por fim, a animação "Raya e o Último Dragão" encerra o evento, no domingo, 18.

'Bela Vingança' chega aos cinemas quase quatro anos após o surgimento do MeToo, o movimento feminista que trouxe à tona uma série de denúncias contra poderosos de Hollywood, e marca uma nova geração de produções do rape-revenge, o gênero do audiovisual que explora narrativas de vingança de crimes sexuais. Divulgação/

'Bela Vingança' concorreu às categorias de melhor filme, melhor direção, melhor atriz, melhor roteiro original e melhor montagem da 93ª edição do Oscar e levou uma estatueta, a de melhor roteiro. Divulgação/

O filme, de Emerald Fennell, gira em torno de Cassie papel de Carey Mulligan, uma mulher que semanalmente vai a bares e boates sozinha para se fingir de bêbada e, assim, se deparar com um cara legal lhe oferecendo ajuda. Divulgação/

A protagonista tem um passado traumático, no qual sua amiga morreu após enfrentar um estupro. Cassie revisita as memórias, principalmente, após reencontrar um ex-colega de classe, Ryan Bo Burnham, com quem ela se envolve romanticamente e, através de conversas, descobre que o abusador de sua amiga está com a carreira bem encaminhada e prestes a casar. Divulgação/

Assim como a própria protagonista, Bela Vingança é um rape-revenge agridoce, marcado por cenas engraçadas, fofas, macabras e de suspense. Divulgação/

Quando Sarah Projansky lançou Watching Rape, em 2001, ela dividiu o rape-revenge em dois tipos de narrativa. Numa delas, há uma moça, que é vítima de estupro, em busca de vingança. Na outra, há um protagonista masculino buscando vingança pela vítima, uma mulher que, embora seja bem próxima a ele, tem sua presença apagada na trama. Divulgação/

Ao contrário de muitos filmes do rape-revenge, a protagonista de 'Bela Vingança' não é vítima de estupro palavra que, aliás, nunca é citada no longa, embora seja o motor da história, e sim uma mulher vingando a amiga. Divulgação/

Para Alexandra Heller-Nicholas, que estuda o rape-revenge no cinema há mais de uma década, 'Bela Vingança' retrata a violência sexual a partir da ótica de um problema sistêmico, em vez de individual. Divulgação/

O bar Astor criou um menu para o evento, que também terá pipoca e refrigerante. Os comes e bebes não estão inclusos no valor da entrada.

Os ingressos custam entre R$ 350 e R$ 420 –o valor depende do número de participantes por cabine. Já estão à venda no site ingresse.com/cinevista.

Vale lembrar que a pandemia ainda apresenta números alarmantes no Brasil, com média de mais de 2.000 mortos por dia por causa da doença. Médicos recomendam que todos ainda fiquem em casa.

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