No Dia dos Povos Indígenas, saiba onde conhecer mais sobre a cultura dessa população

Masp e Pinacoteca estão entre os espaços em São Paulo com exposições e instalações sobre o tema

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São Paulo

Em um momento de ascensão da arte indígena, a data em que a diversidade desses povos é relembrada, nesta quarta-feira (19), pode ser uma oportunidade para se conhecer mais sobre a cultura e arte dessa população.

O Masp, o Museu de Arte de São Paulo, um dos principais museus da cidade, tem duas exposições com esse tema: da artista Carmézia Emiliano e do coletivo Mahku. Outro grande museu da capital paulista, Pinacoteca, recebe desde março instalação do artista Denilson Baniwa.

Carmézia Emiliano Aprendendo [Learning], 2020 Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, doação da artista [Artist gift], 2021 Óleo sobre tela [Oil on canvas], 60 x 70 cm - Eduardo Ortega

Confira a seguir um roteiro em São Paulo que mostra a diversidade dessa população no Dia dos Povos Indígenas.

Carmézia Emiliano: A Árvore da Vida
A mostra individual está dividida em sete núcleos e apresenta 34 pinturas da indígena macuxi, que representam a cultura do seu povo, como festas, danças e brincadeiras associadas ao cultivo e consumo da mandioca. Também há referências ao cotidiano e de paisagens, entre elas a que destaca o monte de Roraima, seu estado de origem.
Masp - Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, região central; ter., das 10h às 20h; qua. a dom., das 10h às 18h. Até 11/6. R$ 60, grátis às terças


Curumim
A companhia de teatro BuZum! apresenta no mês de abril espetáculo em homenagem à cultura indígena. A história contada é a da origem da mandioca, raiz muito presente nos hábitos alimentares dos povos indígenas. Além de assistir ao espetáculo, o público pode participar de oficinas de bonecos, aprendendo a fazê-los (e depois, levando para casa).
Galpão dos Bonecos - R. Coriolano, 622, na Vila Romana, região oeste. 16, 23 e 30/4, dom. às 11h. R$ 30 em sympla.com.br


Denilson Baniwa: Escola Panapaná
A Pinacoteca abriga a instalação de três pavimentos, onde acontecem aulas de línguas e culturas indígenas, artes e música. No fim de seu período em cartaz, a estrutura em formato de casulo se transformará em uma mariposa. Para participar das atividades é preciso fazer inscrição através de um formulário.
Pina Luz - Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, centro histórico. Qua a seg., das 10h às 18h. Até 25/7. inscrições em pinacoteca.org.br

Mostra de Denilson Baniwa na Pinacoteca, uma grande estrutura montada tera atividades artisticas no final de semana. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)

Mahku: Mirações
A exposição começa com a intervenção do coletivo Mahku —o Movimento dos Artistas Huni Kuin— na rampa vermelha do subsolo do Masp, que agora tem representações multicoloridas de cobras, folhas, malocas e índios estampados nela. Na exposição há pinturas de grandes dimensões e esculturas em forma de totens, trabalhos criados a partir das visões que os indígenas têm quando bebem chá de ayahuasca.
Masp - Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, região central; ter., das 10h às 20h; qua. a dom., das 10h às 18h. Até 11/6. R$ 60, grátis às terças


Mirasawá
A artista visual Moara Tupinambá apresenta a série de painéis no Centro Cultural São Paulo, no piso Flávio de Carvalho, com trabalhos que envolvem colagens digitais, em imagens compostas por fotografias de elementos de ecossistema e pessoas originárias.
Centro Cultural São Paulo - Vergueiro, 1.000, Paraíso, região central; ter. a dom, das 10h às 22h


Museu das Culturas Indígenas
O primeiro do país feito e conduzido por representantes dos povos originários. Ele promove encontros entre povos indígenas e não-indígenas e busca proteger, difundir e valorizar o patrimônio cultural indígena. A programação do museu conta com rodas de conversas, feira indígena e apresentações culturais. Atualmente, ele recebe as exposições temporárias "Ocupação Decoloniza - SP Terra Indígena", "Ygapó: terra firme", de Denilson Baniwa, e "Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ a Terra Vai Acabar", de Xadalu.
R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, região oeste. Ter. a dom., das 9h às 18h; Qui., das 9h às 20h; R$ 15. Grátis para indígenas e às quintas-feiras para público geral

Obra da sala dedicada ao artista Xadalu Tupã no Museu das Culturas Indígenas - Maurício Burim/Divulgação

Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação
A mostra faz um mergulho na diversidade das línguas indígenas no Brasil. O público se depara com outros pontos de vista sobre os territórios materiais e imateriais, histórias, memórias e identidades desses povos, bem como a resistência e os cantos milenares. Participaram da concepção da exposição cerca de 50 profissionais indígenas, entre artistas, cineastas, pesquisadores e influenciadores.
Museu da Língua Portuguesa - pça. da Luz, s/nº, Luz, região central. Ter. a dom., das 9h às 16h30. Até 23/4/2023. R$ 20 em sympla.com.br. Grátis aos sábados