Os cômodos de uma casa presenciam o que há de mais íntimo no cotidiano de uma pessoa. Neles, acontecem das atividades mais banais, como tomar café da manhã, até momentos marcantes para o habitante e seu círculo. Dez residências abertas para a visitação de figuras de destaque na sociedade revelam essas histórias ao público na capital paulista.

Esses endereços também permitem que obras sejam vistas sem barreiras, criando uma conexão com arquitetos, pintores e escritores. Veja, a seguir, uma lista dessas casas na cidade.

Casa-Ateliê de Tomie Ohtake
Projeto de 1968 de Ruy Ohtake, filho de Tomie, foi onde ela viveu e trabalhou. Não é museu, mas se tornou espaço de visitação pela Aberto, plataforma de exposições itinerantes. Ali, também é possível visitar mostra sobre a vida e obra de Tomie Ohtake (1913-2015), autora do Monumento à Imigração Japonesa, e ver peças de artistas contemporâneos.
R. Antônio de Macedo Soares, 1.800, Campo Belo, região sul, @aberto.art. Qua. a dom., das 10h às 17h. Até 6/10. A partir de R$60 em By Inti

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Casa das Rosas
Foi projetada pelo escritório do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-1928), também responsável pelo prédio original da Pinacoteca e do Theatro Municipal. Seus herdeiros viveram no local até a década de 1980. Depois, foi transformado em espaço cultural, que tem na programação com oficinas e cursos de formação relacionados à leitura e à escrita.
Av. Paulista, 37, Bela Vista, região central, tel. (11) 3285-6986. @casadasrosas. Ter. a dom., das 10h às 17h30. Grátis

Casa de Vidro
Primeiro projeto construído de Lina Bo Bardi (1914-1992), foi o endereço onde a arquiteta viveu com o marido por mais de 40 anos. O projeto é considerado um ícone modernista e se junta às obras da arquiteta, como o Sesc Pompeia e o Masp. Desde a inauguração, na década de 1950, recebeu artistas, arquitetos e intelectuais. Foi tombada em 1987 e passou a ser aberta à visitação em 2015, oferecendo também atividades culturais.
R. General Almério de Moura, 200, Morumbi, região sul, tel. (11) 3744-9902. @institutobardi. Qui. a sáb., às 10h, 11h30, 14h e 15h30 com agendamento prévio. R$ 58 em By Inti

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Casa Guilherme de Almeida
Antiga residência do poeta, abriga seus objetos e móveis, que estão abertos a visitação desde 1979. No acervo, é possível ver obras oferecidas à Almeida (1890-1969) por artistas modernistas, como Anita Malfatti e vestígios da participação dele na Revolução Constitucionalista de 1932. Também realiza debates e oficinas.
R. Macapá, 187, Perdizes, região oeste, tel. (11) 3672-1391. @casaguilhermedealmeida . Ter. a dom., das 10h às 18h. Grátis

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Casa Mário de Andrade
É onde viveu um dos principais artistas do modernismo brasileiro. Lá, o público pode ver a exposição de longa duração "A Morada do Coração Perdido", que conta com mobiliário, objetos pessoais, fotos e vídeos de Mário (1893-1945). Há também a mostra "Estúdio de uma Vida", que vai até maio de 2025 e mostra o espaço de trabalho do escritor.
R. Lopes Chaves, 546, Barra Funda, região oeste, tel. (11) 3900-4270. Ter. a dom., das 10h às 17h30. Grátis

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Casa Modernista
Projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik (1896-1972) para viver com sua esposa Mina Klabin (1896-1969), é considerada a 1ª obra de arquitetura moderna do Brasil. O casal viveu lá até a década de 1970. Tombada em 1984, recebe visitantes tanto pela arquitetura quanto por seu jardim, feito por Mina —ali, há 19 espécies de animais, entre borboletas e pássaros.
R. Santa Cruz, 325, Vila Mariana, região sul. Ter. a dom., das 9h às 17h. Grátis

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Casa Museu Ema Klabin
Apreciadora de música e de arte, Ema (1907-1994) atuou de maneira significativa na cena cultural de São Paulo do século 20. Promoveu artistas e participou de leilões beneficentes. Na década de 1940, comprou obras de arte de galerias, de colecionadores brasileiros e de diplomatas estrangeiros, entre elas quadros de Tarsila do Amaral.
R. Portugal, 43, Jardim Europa, região oeste, tel. (11) 3897-3232. Qua. a dom., das 11h às 17h. Grátis, com sugestão de contribuição voluntária

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Casa Vilanova Artigas
Assinada por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), que também fez a Faculdade de Arquitetura da USP. Foi construída em 1949 para Artigas viver com sua família. Tombada, se tornou um espaço cultural que recebe visitantes. No jardim, há também um restaurante que serve desde quitutes como pão de queijo (R$18) até pratos como lasanha (R$55).
R. Barão de Jaceguai, 1.151, Campo Belo, região sul, tel. (11) 3854-5636. Qua. a dom., das 12h às 17h para visitas e almoço. Sex. e sáb., das 19h30 às 22h30 apenas para jantar. Visita grátis para grupos de até 4 pessoas. Reservas do restaurante por go.tagme.com.br/cafeartigas

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Museu Lasar Segall
Antiga residência e ateliê do artista russo radicado no Brasil, abriga o acervo mobiliário, documental e fotográfico de Segall (1889-1957). Na década 1920, quando passou a morar em terras brasileiras, ele se juntou ao movimento modernista e contribuiu com textos, pinturas, gravuras e esculturas. O museu também oferece visitas educativas, cursos e oficinas.
R. Berta, 111, Vila Mariana, região sul, tel. (11) 2159 0400, @museu_lasar_segall. Qua. a seg, das 11h às 19h. Grátis

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Residência de Chu Ming Silveira
Projetada pela artista na década de 1970, foi onde viveu com sua família. Além de conhecer espaços da rotina da criadora do design do orelhão, o público também pode ver uma seleção de obras. A visitação da casa também faz parte do projeto Aberto. Quem for às duas no mesmo dia tem 20% de desconto nos ingressos.
R. República Dominicana, 327, Real Parque, região sul, @aberto.art. Qua. a dom., das 10h às 17h. Até 6/10. A partir de R$ 60 em By Inti