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Prédios ao redor do Minhocão recebem projeções de pessoas em situação de rua

Intervenção, chamada 'Eu Sabia que Você Existia', acontece até sábado em parceria de artistas com ONG SP Invisível

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São Paulo

Nesta quinta-feira (20), as paredes de prédios ao redor do Minhocão recebem a intervenção "Eu Sabia que Você Existia (parte II)" a partir das 20h.

Na ação, imagens de pessoas em situação de rua serão projetadas sobre murais com os dizeres "Eu Sabia que Você Existia", localizado acima do Minhocão. O projeto é uma parceria entre a ONG SP Invisível, o artista Felipe Morozini e o coletivo Projetemos.

As projeções digitais de fotografias são imagens feitas de pessoas em situação de rua que vivem debaixo do próprio elevado Presidente João Goulart.

Uma delas é a de Patrick, que foi morar na rua depois da morte do filho; outra é de Jean, mestre de obras que se tornou usuário de drogas e, com isso, já vive há cerca de 15 anos nas ruas.

O Minhocão, no centro de São Paulo, acabou se tornando um espaço de exposição a céu aberto com dezenas de grafites avistados entre os prédios que cercam a via.

O elevado, nascido como Costa e Silva, hoje João Goulart, desde sempre o Minhocão, é fonte de debate permanente, não só pelo que acontece nas pistas para carros mas também pela vida que se desenrola sob o viaduto. Folhapress/Karime Xavier

Seu uso como parque, em fins de semanas e feriados, descortina visuais diferentes da cidade; na foto, o edifício Altino Arantes, onde funciona o Farol Santander, serve como pano de fundo para os praticantes de atividade física sobre o Minhocão. Folhapress/Karime Xavier

Um morador vizinho ao elevado Presidente João Goulart descansa na sacada. Folhapress/Karime Xavier

Com poucos anos de vida, o elevado teve a circulação de veículos limitada em determinados horários; hoje, todo dia à noite, e aos sábados, domingos e feriados, o elevado é fechado para o trânsito de veículos. Folhapress/Karime Xavier

Desde a sua construção, o elevado tem gerado polêmica sobre os transtornos causados aos moradores e pela degradação do entorno. Folhapress/Karime Xavier

Moradora vizinha ao elevado limpa a janela de seu apartamento. Folhapress/Karime Xavier

Um morador usa a janela do apartamento como apoio. Folhapress/Karime Xavier

Entretida, moradora manipula o celular na sacada do apartamento . Folhapress/Karime Xavier

Edifícios antigos do entorno denotam a passagem do tempo e sua degradação. Folhapress/Karime Xavier

Hotel nas imediações do Minhocão. Folhapress/Karime Xavier

O uso como parque modifica o visual costumeiro que os habitantes do entorno têm a partir de suas janelas. Folhapress/Karime Xavier

A vida à beira do Minhocão deixa os moradores expostos a quem passa no elevado. Folhapress/Karime Xavier

O convívio ora com os carros e sua poluição, ora com os que se divertem no parque Minhocão gera uma situação única para quem mora de frente para o elevado. Folhapress/Karime Xavier

A intimidade dos apartamentos está quase ao alcance da mão de quem circula no elevado. Folhapress/Karime Xavier

A projeção segue até sábado, sempre até às 22h. O SP Invisível, que existe desde 2014, é uma iniciativa do estudante de jornalismo Vinícius Lima. Hoje, tem também André Soler como co-criador. A ONG compartilha perfis e histórias de pessoas em situação de rua pela cidade e viabiliza projetos para essa população.

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