Ó do Borogodó faz festival de samba gratuito com 70 músicos para se manter aberto

Reduto de samba em SP, casa em Pinheiros quer ser considerada patrimônio cultural da cidade

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São Paulo

O Ó do Borogodó faz, neste domingo, 24, um festival de música para engrossar a campanha para que o conhecido reduto de samba e choro de São Paulo passe a ser considerado um patrimônio cultural da cidade.

Roda de samba no Ó do Borogodó, que fica em Pinheiros, em São Paulo - Ezyê Moleda/Folhapress

A casa em Pinheiros convocou mais de 70 músicos para fazer a festa ao longo do dia, com entrada gratuita. Tocam, por exemplo, as bandas Cochichando, o Trio Gato com Fome, os Inimigos do Batente e músicos como Anaí Rosa, Zé Barbeiro e Raquel Tobias.

Também passam pela sede frequentadores como o escritor e colunista da Folha Antonio Prata, a fundadora do Movimento dos Sem Teto do Centro, Carmen Silva, e o deputado estadual Eduardo Suplicy.

O evento, apelidado de #FicaÓ, vem na esteira de uma movimentação recente da casa, inaugurada há mais de duas décadas. É que Stefânia Gola, dona do bar, recebeu, no meio do ano passado, um aviso de que os proprietários do terreno o colocariam à venda.

Começou, aí, uma nova batalha para a manutenção do ponto —a primeira foi durante a pandemia, quando Gola precisou fazer uma vaquinha online para manter as portas do espaço abertas.

Dessa vez, a ideia encontrada para preservar o imóvel foi a de entrar com um pedido para que o Ó fosse considerado pela prefeitura como uma Zona Especial de Preservação Cultural, ou Zepec —iniciativa do Plano Diretor Estratégico de 2014 que considerou o cinema Petra Belas Artes como um desses locais, em 2016.

Uma reunião com a Secretaria de Cultura sobre o assunto foi feita e a avaliação está em andamento e sem prazo para resposta, além de um abaixo-assinado que circula entre clientes e músicos da casa.

#FicaÓ

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